O empresário Diogo da Luz decidiu deixar o Novo, partido pelo qual foi candidato a senador em 2018 e do qual é o filiado número 28. Ele submeteu seu pedido de desfiliação nesta terça-feira (13).

Ele diz à reportagem que tomou a decisão ao perceber que o Novo é um partido que está a serviço do projeto de um dono, em referência a João Amoêdo.

Da Luz se tornou alvo de um pedido de expulsão do Novo em junho por ter criticado a escolha de Amoêdo como pré-candidato à presidência o fundador da sigla depois renunciou à disputa.

O empresário pedia mais transparência e democracia à legenda e criticava a decisão pela pré-candidatura de Amoêdo ao Planalto sem que fossem debatidas e estudadas alternativas internamente. Ele diz que a pedido de sua expulsão foi feito por Moisés Jardim, ex-presidente do Novo que ele descreve como braço direito de Amoêdo. Para da Luz, a sigla se tornou uma máquina de destruir reputações.

“Comecei a perceber que todo aquele discurso de ‘você, cidadão, vai ser o protagonista’ era só uma conversa. É um partido de dono, tanto quanto qualquer outro, se não mais. O Novo se vende como pureza, mas se resume à vontade do João Amoêdo e acabou”, afirma da Luz.

Ele diz que a postura do Novo de se colocar como oposição ao governo federal também contribuiu para sua decisão. Para ele, isso mostra que o partido não segue de fato a proposta de ser independente.

“Começamos com a proposta de ser independentes não importa quem estivesse no Executivo. Nossa proposta era de independência mesmo com Executivo do nosso partido. Vi que agora não tem mais jeito e ficou muito descarada a vontade do Amoêdo no partido”, afirma da Luz.

“A maioria pensa como eu, só que os seguranças dele são mais fortes que os meus. Paciência, essa ele ganhou”, acrescenta.

Da Luz afirma que continuará na vida pública para influenciar nos rumos do país, mas ainda não sabe se escolherá um novo partido.

Com informações da Folha