WASHINGTON (Reuters) – A economia dos Estados Unidos cresceu de maneira sólida no segundo trimestre, com a ajuda massiva do governo norte-americano e as vacinações contra a Covid-19 alimentando os gastos com serviços relacionados a viagens.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 6,5% no último trimestre, informou o Departamento do Comércio dos EUA nesta quinta-feira. A economia cresceu a uma taxa revisada de 6,3% no primeiro trimestre.
Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB cresceria a um ritmo de 8,5% no trimestre passado. Com a estimativa do segundo trimestre, o governo divulgou revisões para os dados do PIB, que mostram a economia contraindo 3,4% em 2020, em vez dos 3,5% estimados anteriormente. Essa ainda é a maior queda no PIB desde 1946.
As revisões para o crescimento em outros anos e trimestres foram mínimas. De 2015 a 2020, o PIB aumentou a uma taxa média anual de 1,1%, sem revisão de estimativas publicadas anteriormente.
Mesmo com o segundo trimestre marcando o pico do crescimento norte-americano neste ciclo, a expansão econômica deve permanecer sólida no restante do ano. No entanto, o ressurgimento de infecções por Covid-19, impulsionado pela variante Delta do coronavírus, representa um risco para o cenário. A inflação mais alta, se sustentada, e interrupções na cadeia de suprimentos também podem fazer a economia desacelerar.
O Federal Reserve manteve na quarta-feira sua taxa básica de juros perto de zero e deixou inalterado seu programa de compra de títulos. O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que os efeitos econômicos da pandemia continuam diminuindo, mas os riscos para as perspectivas permanecem.
Economistas esperam um crescimento de aproximadamente 7% nos EUA este ano, o que seria o melhor desempenho desde 1984. Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou suas projeções de crescimento para os Estados Unidos para 7,0% em 2021 e 4,9% em 2022, altas de 0,6 e 1,4 ponto percentual, respectivamente, em relação às previsões de abril.
Um relatório separado do Departamento do Trabalho, divulgado nesta quinta-feira, mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 24 mil, para um número com ajuste sazonal de 400 mil na semana encerrada em 24 de julho. Economistas consultados pela Reuters previam 380 mil novos pedidos para a última semana.
Os pedidos aumentaram na semana encerrada em 17 de julho, mas os economistas atribuíram o aumento às dificuldades em eliminar as flutuações sazonais dos dados. Antes da pandemia, fábricas de automóveis fecharam no início de julho para reforma, o que causou um aumento temporário nas demissões, que depois foi revertido na segunda quinzena de julho.
A escassez global de semicondutores forçou alguns fabricantes de automóveis a reduzir ou paralisar temporariamente as linhas de produção.
Com informações da Reuters