Last updated on setembro 19th, 2021 at 08:59 pm
A alta comissária dos Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, pediu nesta sexta-feira (16) a libertação urgente dos manifestantes detidos em Cuba e pediu diálogo entre o governo e a população.
Ao mesmo tempo, Bachelet pediu o fim das sanções que sufocam a ilha.
“Convoco o governo a abordar as demandas dos manifestantes por meio do diálogo, e que respeite e proteja plenamente os direitos de todas as pessoas à reunião pacífica e à liberdade de opinião e de expressão”, pediu Bachelet, em um comunicado.
Os protestos, que continuaram em algumas partes da ilha na segunda-feira, deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 100 detidos.
“Estou muito preocupada com o suposto uso excessivo da força contra os manifestantes em Cuba e com a prisão de um grande número de pessoas, entre elas vários jornalistas”, disse Bachelet.
“É especialmente preocupante que, entre elas, haja pessoas supostamente incomunicáveis e pessoas cujo paradeiro é desconhecido. Todas as pessoas detidas por exercerem seus direitos devem ser libertadas urgentemente”, acrescentou.
Históricas na ilha, as manifestações provocaram um primeiro gesto do governo: a autorização para que os cubanos entrem no país com alimentos, produtos de higiene e remédios, sem limite de valor e pagamento de tarifas, até o final do ano. A medida é boa, mas insuficiente, segundo vários cidadãos.
Bachelet reiterou seu apelo “à suspensão das sanções setoriais unilaterais, dado seu impacto negativo nos direitos humanos, incluindo o direito à saúde”.
Ela também pediu que seja plenamente restabelecido o acesso à Internet e às redes sociais no país, cortado desde domingo pelo governo.
Cam informações da AFP