Não tenho palavras para descrever a sensação de otimismo e alívio que se vive por aqui atualmente. Um dos países mais afetados do mundo na primeira fase da pandemia, a Espanha viveu cenas tétricas, com corpos empilhados em patinações de gelo e profissionais de saúde precisando decidir quem entrava na UTI e quem ficava de fora, engrossando uma lista que já chegou a 1000 mortos diários (em um país com 46 milhões de habitantes!). Agora é hora de respirarmos aliviados. Literalmente. Ainda não estamos no mesmo patamar dos Estados Unidos ou de Israel, mas o governo espanhol já deu sinais de que, em breve, a máscara deve deixar de ser obrigatória em espaços abertos, seguindo o caminho da vizinha França, que liberou boca e nariz de fora ao ar livre desde ontem em todo o país. UFA.
Com suas fronteiras abertas a pessoas vacinadas de vários países, a Espanha ainda está deixando o Brasil de fora. Para brasileiros voltarem a Barcelona, Madri ou Sevilha, a taxa de contágio brasileira deve baixar de 75 casos por 100 mil habitantes (atualmente, é de 416) e o país deve ter sob controle o surgimento de novas variantes. Mas essa luz, que parecia impossível meses atrás, já começa a surgir no fim do túnel com a aceleração no ritmo da vacinação. Ou seja, é preciso ter um pouco mais de paciência e fé na ciência. Coisas que a pandemia, definitivamente, nos ensinou a cultivar.