O enorme incêndio que devastou uma refinaria de petróleo em Teerã foi “controlado” depois de deixar onze feridos, de acordo com as autoridades, mas o incêndio ainda não foi completamente extinto nesta quinta-feira (3) à tarde, após mais de vinte horas de combate.”Onze pessoas, incluindo nove bombeiros que lutavam contra o incêndio, ficaram feridas”, informou à AFP Mojtaba Khalédi, porta-voz do serviço nacional de emergência.

Entre os feridos, três bombeiros e uma outra pessoa precisaram ser hospitalizados, acrescentou o porta-voz.

Pela manhã, a agência oficial de notícias Irna informou que o incêndio havia “sido controlado”.

Irna citou um porta-voz da refinaria da Tehran Oil Refining Company, Chaker Khafai, que previu uma “extinção completa (do incêndio antes do meio-dia)”.

Mas às 15h30 (8h00 de Brasília), uma coluna de fumaça escura continuava visível a vários quilômetros de distância, de acordo com jornalistas da AFP no local. No entanto, estava visivelmente mais fina do que no dia anterior.

A televisão estatal transmita imagens do incêndio e de muitas equipes do corpo de bombeiros combatendo as chamas esta manhã.

De acordo com as autoridades, o incêndio começou na quarta-feira (2) às 19h30 (12h30 de Brasília), após uma explosão causada por um vazamento em uma tubulação de gás. Uma investigação foi aberta para apurar o incidente.

A refinaria, em funcionamento desde 1968, pertence à Teerã Oil Refining Company e pode produzir 250.000 barris por dia, segundo a agência oficial Irna.

A unidade está localizada no extremo sul da cidade, em uma área industrial a algumas centenas de metros de bairros residenciais.

Um porta-voz da empresa rejeitou “qualquer especulação sobre uma sabotagem”, de acordo com o canal Telegram da televisão estatal.

O incêndio ocorreu horas depois que a Marinha iraniana anunciou o naufrágio de um de seus maiores navios no golfo de Omã, após horas de um combate frustrado a um incêndio.

Acidentes industriais são frequentes no Irã. No entanto, Israel, um inimigo da República Islâmica, aparece como o principal suspeito em dois incidentes no ano passado nas instalações do programa nuclear iraniano que Teerã qualifica como sendo sabotagem.

Com informações do Poder360