O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz, vai pedir à Justiça a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard à comissão e a retenção do passaporte dele. A decisão foi tomada antes da suspensão da reunião da comissão desta quinta-feira.
Isso porque o empresário foi convocado para prestar depoimento e não compareceu. Mesmo estando nos Estados Unidos, Carlos Wizard, não contatou a CPI remotamente para participar, e segundo Aziz, ainda pediu uma nova data para prestar depoimento.
O empresário conseguiu um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Carlos Barroso, que deu a ele permissão para ficar calado no depoimento.
A atitude do empresário foi criticada pelo presidente da comissão, Omar Aziz, que considerou o não comparecimento como uma falta de respeito.
A expectativa dos senadores é que Wizard esclareça sobre a existência de um grupo de aconselhamento do governo sobre assuntos relacionados à pandemia.
O outro depoente aguardado para esta quinta-feira era o auditor do TCU, Tribunal de Contas da União, Alexandre Figueiredo Marques. Ele foi convocado para explicar a participação em um estudo que questiona o número de mortes por covid-19 no Brasil no ano passado. Marques está afastado do cargo e responde a processo disciplinar no TCU, para investigar sua conduta, já que o Tribunal não autorizou o estudo.
O auditor, que também estava protegido por um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes, compareceu a reunião. Mesmo assim, o presidente da CPI suspendeu o depoimento, porque os senadores deveriam participar da sessão no plenário para votação da medida provisória que permite a privatização da Eletrobras.
Nesta sexta-feira, a CPI recebe, como convidados, os médicos Ricardo Zimmerman e Francisco Cardoso Alves.
Com informações da Agência Brasil