Ainda que nos primeiros meses da pandemia de covid-19 a produção de embalagens de plástico tenha baixado na União Europeia, devido à desaceleração das economias, essas mesmas restrições levaram ao aumento das compras online, e consequente aumento de embalagens.
Em 2020 aumentou também a produção e importação de máscaras e luvas. Por não existirem dados de utilização de máscaras e outros equipamentos de proteção, a AEA usa dados de importações e assegura que a importação de máscaras faciais para a União Europeia mais do que duplicou, ao mesmo tempo que a produção na Europa também aumentou.
Apesar de as organizações internacionais não recomendarem o uso de luvas como medida preventiva da covid-19, entre abril e setembro do ano passado as importações adicionais de luvas para os 27 Estados membros foram de 105 mil toneladas, um aumento de 80%.
A AEA admite que não é fácil avaliar os impactos das máscaras no ambiente, mas adianta que as emissões de gases com efeito estufa relacionadas com a fabricação, transporte e tratamento de resíduos de máscaras faciais de utilização única variam de 14 a 33,5 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por tonelada de máscaras.
Comparando uma máscara de utilização única com uma reutilizável, a AEA indica que uma máscara de algodão reutilizável tem um impacto inferior a uma descartável após 13 utilizações.
Para futuros casos de pandemias ou outros “eventos perturbadores”, a AEA sugere que se faça pesquisa para reduzir impactos ambientais e climáticos de respostas a esses eventos, seja no tipo de material utilizado seja na concepção do produto, e que se desenvolvam estratégias para melhorar o comportamento dos consumidores.
Com informações da Istoé