A decisão da justiça é muito aguardada após semanas de protestos no bairro de Sheikh Jarrah, perto da Cidade Antiga, onde quase 30 palestinos podem ser obrigados a abandonar suas casas.
Os serviços de emergência palestinos informaram que 22 manifestantes ficaram feridos na quarta-feira à noite em confrontos com a polícia israelense neste bairro da zona leste de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel.
Os habitantes palestinos afirmaram à AFP que recusam um acordo baseado no reconhecimento dos direitos de propriedade dos colonos israelenses.
Estes se baseiam em uma lei israelense, segundo a qual se os judeus podem provar que sua família vivia em Jerusalém Oriental antes da guerra de 1948, que explodiu após a criação do Estado hebreu, podem pedir a devolução de seu “direito de propriedade”.
Uma lei semelhante não existe para os palestinos que perderam seus bens durante a guerra.
Os palestinos alegam que o caso é parte de uma campanha que pretende expulsá-los de Jerusalém Oriental, onde vivem atualmente mais de 210.000 colonos israelenses e mais de 300.000 palestinos.
As colônias israelenses na Cisjordânia e Jerusalém Oriental são consideradas ilegais pelo direito internacional.
Israel proclamou o conjunto de Jerusalém sua capital “eterna e indivisível”, enquanto os palestinos esperam fazer da área leste da cidade, ocupada e anexada desde junho de 1967, na capital de seu futuro Estado.
Com informações da AFP