Em uma medida que já era esperada há alguns dias, o governo do Japão decidiu nesta sexta-feira estender o estado de emergência em Tóquio e outras regiões do país por cerca de três semanas, até 20 de junho, já que a pandemia do novo coronavírus não mostra sinais de enfraquecimento menos de dois meses antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa do surto global de covid-19.

O estado de emergência na capital e em outras oito regiões do Japão estava programado para terminar nesta segunda-feira, mas o sistema médico continua sobrecarregado. O país viu um número recorde de pacientes com covid-19 em estado crítico nos últimos dias, mesmo com a quantidade de novas infecções diminuindo.

As restrições impostas pelo governo a partir de agora proíbem restaurantes de servirem bebidas alcoólicas ou oferecem serviços de karaokê e os obriga a fechar até as 20 horas. O limite de participação em eventos esportivos e shows também permanecerão em vigor.

“Em Osaka e Tóquio, o fluxo de pessoas está começando a aumentar e há preocupações de que as infecções também aumentem”, disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, que também chefia as medidas contra o novo coronavírus no país, no início de uma reunião com especialistas.

As autoridades sanitárias japonesas posteriormente aprovaram a proposta do governo e o primeiro ministro Yoshihide Suga anunciou oficialmente as extensões nesta sexta-feira. “O número de casos baixou desde meados do mês, mas a situação continua sendo incerta”, declarou o político.

As preocupações com as variantes do novo coronavírus e uma lenta campanha de vacinação no Japão levaram a pedidos urgentes de médicos, alguns executivos e centenas de milhares de cidadãos para cancelar os Jogos Olímpicos, que devem ser realizados de 23 de julho a 8 de agosto.

Autoridades japonesas, o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 e o Comitê Olímpico Internacional (COI) disseram que o evento seguirá em frente com medidas estritas de prevenção do novo coronavírus.

 

Com informações do MSN