Enquanto o Conselho Federal de Medicina tem incentivado a certificação dos médicos, para poder rastrear as receitas e evitar fraudes, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias defende que os certificados digitais sejam substituídos por técnicas mais modernas, evitando custos desnecessários.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que sugeriu a reunião entre os setores, questionou se a certificação seria exagerada ou se sua retirada poderia comprometer a segurança da distribuição de remédios.
“No Brasil a gente precisa trabalhar essa cultura do compartilhamento de informação. A gente tem uma questão de confiança para trabalhar. Eu acho isso um grande desafio.”
O deputado Dr. Zacharias Calil (DEM-GO) alertou para o risco de erro na entrega de medicamentos, e disse estar preocupado com a prescrição eletrônica.
“Eu vejo sim, com muita preocupação, às vezes você fazer um receituário, uma prescrição. Eu morro de medo em relação a “isso. Não sou contra a tecnologia de maneira alguma, você sabe disso, mas os cuidados relacionados a medicamento, a prescrição, a dosagem, têm que ser muito bem assimilados pela sociedade em geral.”
Apesar das diferenças, todos os debatedores concordaram que o sistema de prescrição médica eletrônica deve permitir que o paciente escolha onde vai comprar o remédio, e deve garantir a segurança e o sigilo médico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária mantém consulta pública para regulamentar a emissão de receitas eletrônicas de medicamentos controlados, antibióticos e produtos derivados da cannabis.
Com informações da Rádio Câmara