Last updated on setembro 19th, 2021 at 08:44 pm

A vacina CoronaVac consegue reduzir a mortalidade pela covid-19 em 97% depois de 14 dias da 2ª dose. No mesmo período, a Pfizer reduz a mortalidade em 80%. Os dados são de um estudo preliminar realizado pelo Ministério da Saúde Pública do Uruguai e divulgados na 5ª feira (27.mai.2021). Eis a íntegra (em espanhol – 431 KB).Os dados são comparados com pessoas não vacinadas. As informações foram coletadas e analisadas de 1º de março deste ano até o dia 25 de maio.Foram analisadas 712.716 pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac. Entre elas, 14 dias depois da vacinação, 6 pessoas morreram. Já entre quem recebeu o imunizante da Pfizer, foram analisadas 149.329 pessoas. Destas 8 pessoas morreram pela covid-19.

Além da mortalidade também foram analisados quantos casos foram registrados em pessoas vacinadas com as duas doses das vacinas e quando precisaram ser internadas em UTIs (unidades de terapia intensiva). Nesses quesitos, a norte-americana Pfizer teve um resultado melhor do que a chinesa produzida pela Sinovac, de acordo com o estudo.

A vacina da Pfizer conseguiu reduzir em 75% o número de casos de infecção pelo coronavírus. A CoronaVac em 57%. As internações em UTI diminuíram 99% com a vacina norte-americana, enquanto para a chinesa a queda foi de 95%.

O Ministério da Saúde Pública do Uruguai afirma que os dados ainda podem ser alterados. Questões como a idade das pessoas vacinadas, doenças prévias e questões de risco para a covid-19 (como profissionais de saúde) não foram consideradas ao se analisar as infecções em pessoas vacinadas contra o coronavírus. O estudo ainda vai continuar no país.

Ainda assim, o governo uruguaio comemora os resultados como uma evidência de avanço na luta contra a covid-19. “Mostra-se que a vacinação é uma ferramenta fundamental para conter o avanço e as consequências da pandemia“, diz o estudo.

No Brasil, as duas vacinas que fazem parte do estudo no Uruguai são aplicadas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização). A CoronaVac é aplicada desde janeiro deste ano, com fabricação nacional pelo Instituto Butantan. Já a Pfizer passou a ser aplicada no país a partir de 30 de abril.v