O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz participa do lançamento do Portal do Observatório Nacional.

De qualquer forma, eles acreditam que, com apoio da “mídia do ódio” e de personalidades do mundo artístico e político, que não toleram o presidente da República, um pedido de impeachment, que partisse da Ordem dos Advogados do Brasil, poderia prosperar.

Vale lembrar que foi a OAB que pediu o impeachment dos presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff, conseguindo lograr êxito, em ambos os casos.

Felipe Santa Cruz, atual presidente da entidade, inimigo declarado de Jair Bolsonaro, em raro momento de lucidez, opinou sobre o assunto e, com uma frase, claramente deixou evidenciada a força popular do presidente da República:

“Não tem ninguém na rua para pedir impeachment agora”.

Eis a opinião de Felipe:

“Eu era líder estudantil no impeachment do Collor. As ruas foram tomadas. Houve uma confluência entre vontade popular, crime de responsabilidade e desvios graves. Era uma conjuntura clara de impeachment, com o aspecto jurídico atendido e mobilização popular. O mesmo se deu com a Dilma. Foi mais traumático, porque não houve a mesma unidade (de oposição) do governo Collor, quando todos queriam o impeachment. Mas teve pressão popular e manifestações contra a Dilma. Esse clima força uma percepção do Congresso sobre essa agenda. No caso do Temer, havia insatisfação popular, mas ele tinha uma sólida base parlamentar que não deixou o impeachment prosperar. O governo Jair Bolsonaro vive o seu melhor momento no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados a oposição não tem 130 votos. A gente não pode dourar a pílula. Esse é um processo político e jurídico. Não tem ninguém na rua, não tem manifestação. A pandemia é o assunto mais grave.”

Sem apoio popular, a coisa não anda.

Com informações do Jornal da Cidade