Segundo informações da Reuters, a novidade foi anunciada pelo ministro da Indústria e Comércio, Denis Manturov, após um discurso televisionado do presidente Vladimir Putin, no qual pediu que a população tome a vacina a Covid-19 e disse que quer que o país alcance a imunidade coletiva contra a doença até o outono.
Assim com a Sputnik V, o novo imunizante foi desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e utiliza uma tecnologia baseada em adenovírus humano. O instituto entrou com o pedido de registro da Sputnik Light no Ministério da Saúde da Rússia no final de março.
A nova versão seria capaz de reduzir pela metade o risco de contrair a doença. “A variante ‘light’ da vacina é o primeiro componente do Sputnik V. Quando usada sem a segunda injeção, dá a possibilidade de reduzir os riscos de contrair a doença em 50%, senão 60%”, disse Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya para Epidemiologia e Microbiologia do Ministério da Saúde da Rússia, em entrevista à emissora local Rossiya-1, segundo informações relatadas pela agência Tass.
Se essa taxa se mantiver, a capacidade de prevenção da Sputnik Light é significativamente mais baixa que a da versão original Sputnik V. No estudo clínico fase 3, a vacina russa apresentou eficácia de 91,6%. Mas recentemente, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDFI, na sigla em inglês) disse que um novo estudo, com mais de 3 milhões de pessoas na Rússia mostrou que a vacina tem uma eficiência ainda maior: 97,6%.
De acordo com os pesquisadores, a Sputnik Light foi desenvolvida com o objetivo de ser uma solução temporária para ajudar países com altas taxas de infecção a acelerar suas campanhas de imunização. Na Rússia, a Sputnik V continuará sendo a principal vacina usada.
Com informações da Veja.com