© AP – Esteban Felix
 

As pessoas que receberam a vacina da Pfizer “provavelmente” precisarão de uma terceira dose dentro de seis meses a um ano e, em seguida, provavelmente uma injeção a cada ano, indicou o chefe da gigante farmacêutica americana, Albert Bourla.

“Uma hipótese provável é que seja necessária uma terceira dose, entre seis e 12 meses, e, a partir daí, será necessário se vacinar todos os anos, mas tudo isso tem de ser ainda confirmado”, destacou o CEO da Pfizer, Albert Bourla em declarações divulgadas nesta quinta-feira (15) pela CNBC.

Em entrevista exclusiva à revista econômica francesa Les Echos, Bourla falou a respeito: “Após seis meses das duas doses, a proteção continua bastante elevada, mas não tanto quanto nos dois primeiros meses, quando ela atinge 95%. Ela vai diminuindo, mas continua superior a 80%. Parece que será necessário um reforço, mas ainda não temos mais detalhes”.

“Por outro lado, as variantes terão um papel fundamental”, acrescentou. “É extremamente importante minimizar o número de pessoas vulneráveis ao vírus”, continuou Bourla.

Anteriormente, o diretor da célula de combate à Covid do governo americano também havia declarado que os americanos deveriam esperar receber uma injeção de reforço da vacina, para se protegerem das variantes de coronavírus em circulação.

Terceira dose em estudo

“Neste momento, não sabemos tudo”, reconheceu o doutor David Kessler em audiência perante legisladores norte-americanos. “Estamos estudando a duração da resposta dos anticorpos”, explicou.

A aliança Pfizer/BioNTech havia anunciado, em fevereiro, que estudava os efeitos de uma terceira dose de sua vacina contra variantes  em um estudo clínico. Administrada em duas doses, essa vacina, assim como a da Moderna, usa uma tecnologia inovadora de RNA mensageiro, nunca antes usada na vida real.

No momento, essas duas vacinas são as que funcionam melhor, com a vacina Pfizer/BioNTech apresentando 95% de eficácia contra a covid-19 e a Moderna, 94,1%, de acordo com estudos clínicos.

com informações da AFP