A medida foi confirmada pelo ministro da Saúde francês, Olivier Véran. “É importante dizer que não recomendamos a vacina da AstraZeneca para quem tem menos de 55 anos, enquanto esperamos para ter mais informações. Portanto, se você recebeu uma primeira injeção e tem menos de 55 anos, outra vacina de RNA mensageiro lhe será oferecida, 12 semanas após a primeira injeção”, explicou o ministro.
França chega a 10 milhões de vacinados
Somadas todas as vacinas, a França superou o número de 10 milhões de primeiras injeções feitas contra a Covid-19. Um alcance simbólico, mas ainda muito distante da proteção total diante da epidemia que continua sobrecarregando as unidades de terapia intensiva do país.
Iniciada em 27 de dezembro, a campanha de vacinação na França foi marcada, primeiramente, por um atraso e depois abalada, como em outros países europeus, pela redução das entregas do laboratório AstraZeneca e questionamentos sobre os efeitos colaterais do imunizante.
Em 2 de fevereiro, logo após a sua autorização no território francês, a vacina da AstraZeneca foi reservada, inicialmente, para menores de 65 anos, por falta de dados sobre sua a eficácia em idosos. Um mês depois, o seu uso foi estendido a todas as idades. Porém, em meados de março, a vacina foi suspensa, alguns dias após relatos na Europa de tromboses, ainda que em casos raros e atípicos de coágulos de sangue. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reconheceu na quarta-feira (7) que eles estavam relacionados à AstraZeneca.
Em meados de março, a França decidiu injetar esse imunizante apenas em pessoas com mais de 55 anos, porque essas tromboses foram observadas principalmente em indivíduos mais jovens.
Outros países
A desconfiança em relação ao produto levou outros países a adotarem medidas semelhantes. As Filipinas suspenderam a utilização da vacina da AstraZeneca em pessoas com menos de 60 anos, enquanto a Austrália suspendeu a vacinação para quem tem menos de 50 anos.
Já Hong Kong confirmou o cancelamento definitivo do pedido de vacinas junto ao laboratório anglo-sueco. O território prefere vacinar seus 7 milhões e meio de habitantes com os produtos da Pfizer/Biontech e da chinesa Sinovac.
A AstraZeneca é reservada para pessoas com mais de 30 anos no Reino Unido, 60 na Alemanha e 65 na Suécia.
Com informações da RFI