“A partir de amanhã, todos os franceses com mais de 55 anos poderão receber a AstraZeneca”, anunciou o ministro da Saúde Olivier Véran no Journal du dimanche. Eles também poderão receber o imunizante da Johnson & Johnson, entregue na França a partir desta segunda-feira (12) e oferecido, “pela consistência e preocupação com a eficiência, a todos os mais de 55 anos, com ou sem comorbidades”.Desde 19 de março, a França reserva a vacina do laboratório anglo-sueco AstraZeneca por pessoas com mais de 55 anos, após casos raros, mas graves, de distúrbios de coagulação observados apenas em pacientes mais jovens. Mas, antigamente, os candidatos precisavam ter fatores comórbidos para se qualificar para a vacinação.
Citando as outras duas vacinas autorizadas na França, o ministro lembrou “o anúncio da extensão da campanha de vacinação da Pfizer e da Moderna para todos os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril”.
A campanha de vacinação da Covid-19 teve como alvo primeiro as pessoas mais frágeis, com mais de 75 anos ou afetadas por fatores de comorbidade [outros problemas de saúde aumentando o risco de morte].
Em relação às vacinas de RNA mensageiro da Pfizer/BioNTech e Moderna, a partir de 14 de abril, “para todas as primeiras injeções, vamos oferecer um reforço de 42 dias em vez dos atuais 28. Isso nos permitirá vacinar mais rapidamente sem ver redução da proteção”, acrescentou o ministro.
A taxa de cobertura vacinal com duas doses está se aproximando de 75% entre os residentes de asilos, mas chega a apenas 35% entre os de 75 a 79 anos, 9% entre os de 70 a 74 anos, 4% entre os de 65 a 69 anos .
Testes gratuitos para todos
Além disso, um decreto publicado neste domingo (11) autoriza a venda em farmácias de autoteste para Covid-19 em swab nasal, para pessoas assintomáticas com mais de 15 anos.
Esses testes, que não exigem a presença de profissionais de saúde, “serão rapidamente disponibilizados nas escolas”, disse Véran, dizendo “considerar fazer até dois testes por semana por aluno e por professor”.
Os franceses devem ficar em casa por duas semanas de férias escolares, que começaram na noite de sexta-feira (9): nenhuma viagem entre regiões foi permitida e o toque de recolher às 19h foi extendido para todos, na esperança de conter a pandemia. Uma vigilância especial está em vigor para verificar a legitimidade das viagens efetuadas.
No sábado, mais de 5.769 pacientes afetados pelo vírus foram tratados nas unidades de terapia intensiva da França, de uma capacidade atual ampliada para 8.000 leitos para todas as patologias combinadas.
O número de mortos continua aumentando e chegou a 98.600. A França deve atingir a marca de 100 mil mortos na próxima semana.
Com informações da RFI