Last updated on abril 25th, 2021 at 03:16 pm
Bolsonaro vai reafirmar o compromisso de combate ao desmatamento ilegal em busca de um acordo de ajuda financeira pela preservação ambiental.
Entre os convidados ao evento estão o papa Francisco e a líder indígena brasileira Sinéia do Vale. A cúpula antecede a 26ª Conferência sobre o Clima, a Cop26, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Onde um dos principais objetivos será impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.
Em carta o enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Bolsonaro já se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Ele, inclusive, reconheceu o aumento das taxas de desmatamento a partir de 2012 e afirmou que o Estado e a sociedade precisam aperfeiçoar o combate a esse crime ambiental.
Na carta a Biden, além de definir metas e compromissos, Bolsonaro apontou as iniciativas feitas pelo Brasil para a preservação do meio ambiente, como projetos nas áreas de bioeconomia, regularização fundiária, zoneamento ecológico-econômico e pagamento por serviços ambientais. No discurso desta quinta, o presidente deve repetir esses argumentos.
O evento figura como um dos maiores desafios do mandato de Bolsonaro até aqui. “Ao contrário do que os arautos do Apocalipse diziam, que o governo não ia ter interlocução com governo Biden, que ‘agora acabou’; em hipótese alguma. Estamos tendo excelente interlocução”, disse Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente, anteriormente a VEJA. O ministro quer uma ajuda de 1 bilhão de dólares dos americanos para reduzir em 40% o desmatamento na Amazônia em doze meses.
A proposta de acordo ainda não foi detalhada, mas já enfrenta resistência de políticos americanos. Na sexta 16, um grupo de 15 dos 100 senadores dos Estados Unidos assinou uma carta a Biden na qual afirma que o governo Bolsonaro “desdenhou publicamente a principal agência ambiental do Brasil e sabotou sua capacidade de fazer cumprir as leis ambientais do país”. Para eles, o governo brasileiro “até agora, não demonstrou nenhum interesse sério em trabalhar com os múltiplos atores dentro do Brasil que desempenhariam papéis essenciais em qualquer esforço sério para salvar a floresta amazônica”.
Com informações da Agência Brasil