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O Plenário da Câmara aprovou (em 31/03) o texto-base da proposta (PL 1011/20) que amplia a lista de prioridades para a vacinação contra a Covid-19, que hoje já contempla idosos, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e indígenas. O texto original, do deputado Vicentinho Junior (PL-TO), se referia basicamente aos caminhoneiros. Mas a relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), acatou várias emendas parlamentares com outras categorias.
“Acrescentamos outras categorias de transporte coletivo rodoviário de passageiros, os agentes de segurança pública, pacientes crônicos com embolia pulmonar antecedente. Também será priorizado o atendimento de coveiros; atendentes, motoristas e auxiliares funerários; e demais trabalhadores de serviços funerários e de autópsias”.
Os trabalhadores de transporte coletivo incluem metroviários e aquaviários. Professores e trabalhadores da assistência social também estão na lista.
“Se tem um profissional que precisa ser imunizado são os professores. E os trabalhadores da assistência social também não pararam, porque são eles que fazem a entrega da cesta básica e as visitas do CRAS, visitam as famílias com violência doméstica e as crianças”.
As novas prioridades para vacinação contra a Covid-19 incluem pessoas com doenças raras, oficiais de justiça, taxistas e mototaxistas e profissionais de farmácias e de limpeza pública. Celina Leão explicou o critério utilizado diante da falta de vacinas para todos.
“Queríamos estar em um país onde todos tivessem acesso às vacinas. Só que este projeto parte da necessidade de termos pessoas que estão na linha de frente do combate à Covid-19, têm morrido todos os dias e não são tratados como prioridades”.
Já o líder do Novo, deputado Vinícius Poit (Novo-SP), criticou a ampliação da lista e defendeu obediência aos critérios do Plano Nacional de Imunização.
“Aprendi na vida que, quando tudo é prioridade, acaba que nada é prioridade. O importante é a gente entender que existem critérios técnicos que deveriam ser respeitados”.
O líder do PT, deputado Bohn Gass (PT-RS), cobrou pressa do governo para a garantia de vacinas para toda a população.
“Estamos colocando categorias fundamentais para receber a vacinação, mas a nossa luta não pode terminar até termos mais vacinas para que toda a população possa definitivamente ser atendida”.
Vários deputados reclamaram da não inclusão de outras categorias e grupos, como domésticas e quilombolas, por exemplo. Isso ainda pode acontecer durante a votação dos destaques para a tentativa de alteração do texto-base já aprovado. Essa votação deve ocorrer na terça-feira (6/4).
Com informações da Rádio Câmara