O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou anteontem em queda de casos, fez defesa do uso de máscaras, mas evitou sair em defesa do lockdown. “Temos assistido nos últimos dias a uma tendência de redução de diagnósticos de pacientes com covid, como consequência, a diminuição na pressão do sistema de saúde, o que consequentemente nos dá diminuição de pressão de insumos, como kit intubação e oxigênio.”Na negociação do Orçamento, o Ministério da Economia limitou verbas para vacinas, kit intubação e custeio de leitos pedidas pela Saúde, como mostrou o Estadão. A pasta de Paulo Guedes questionou sobre “arrefecimento da crise” – especialistas, porém, ainda não veem queda consistente de casos.
O ritmo de vacinação, por outro lado, continua lento. Anteontem, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma com 31% menos doses de imunizantes para maio. A redução, entre outros motivos, se deu pela retirada do plano oficial das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin, que ainda não têm registro no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta segunda-feira, 26, para decidir se autoriza a importação da Sputnik.
Na semana passada, o órgão regulador alegou falta de dados sobre a segurança e a eficácia do produto para liberar a aquisição. A manifestação foi feita na Justiça, após o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, dar prazo para que a autarquia decida sobre pedido de compra pelo governo do Maranhão. Outros gestores locais – como os da Bahia, do Piauí e um consórcio de Estados do Centro-Oeste – têm interesse em trazer o produto.