Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse ter convocado o embaixador italiano Pasquale Terracciano para entregar uma declaração de “persona non grata” relativa a um adido militar de Roma em Moscou.
O funcionário italiano tem 24 horas para deixar a Rússia.
Segundo o comunicado, trata-se de uma “represália às ações hostis e injustificadas das autoridades italianas contra um adido militar da Embaixada da Federação Russa em Roma”.
Por meio de uma nota, o Ministério das Relações Exteriores da Itália disse lamentar “profundamente” a decisão da Rússia e a qualificou como “infundada e injusta”, já que trata-se de uma “retaliação a uma medida legítima tomada em defesa da própria segurança”.
O caso – Em 30 de março, um oficial da Marinha Militar da Itália, Walter Biot, e um funcionário da Embaixada da Rússia em Roma, Dmitri Ostroukhov, foram presos em flagrante enquanto o primeiro vendia documentos sigilosos para o segundo por 5 mil euros em dinheiro vivo.
Além de Ostroukhov, a Itália determinou a expulsão de Alexey Nemudrov, adido militar da Embaixada russa, e o chanceler Luigi Di Maio definiu a tentativa de espionagem como “ato hostil”.
Ostroukhov e Nemudrov voltaram para Moscou em 1º de abril.
De acordo com investigadores, Biot tentou vender documentos sigilosos de natureza militar, incluindo informações sobre sistemas de telecomunicações. Ele teria obtido esses arquivos porque trabalhava diretamente no Estado-Maior da Defesa. (ANSA).
Com informações da Istoé