Manifestantes usando máscaras com o rosto de Aung San Suu Kyi protestam na cidade de Yangon, em Mianmar, neste domingo (28) — Foto: Stringer/Reuters
Aung San Suu Kyi é acusada pelos militares que deram golpe de estado de publicar informações que poderiam ‘causar medo ou alarme’ e de perturbar a ‘tranquilidade pública’, diz advogado.
À agência de notícias Reuters, o advogado Min Min Soe afirmou que Suu Kyi foi acusada de publicar informações que poderiam “causar medo ou alarme” e de perturbar a “tranquilidade públicas”.
As duas acusações estão previstas no código penal da quando o país ainda era uma colônia britânica (Mianmar se tornou independente apenas em 1948).
A política de 75 anos já está sendo processada por importação ilegal de walkie-talkies (pequenos rádios de comunicação) e por violar a Lei de Gestão de Desastres Naturais (ao não respeitar protocolos de saúde contra o novo coronavírus).
Suu Kyi participou da audiência por vídeoconferência. A prêmio Nobel da Paz de 1991 não é vista em público desde 1° de fevereiro, quando militares tomaram o poder e prenderam lideranças políticas do país, como a ativista e o presidente do país Win Myint.
Repressão e mortes em protestos
Mianmar viveu no domingo (28) o pior dia de protestos no país após o golpe militar. De acordo com agências de notícias e a imprensa local, pelo menos 18 pessoas morreram em três cidades por conta da violenta repressão policial.
Ainda segundo a imprensa local, mais de 1,1 mil pessoas foram presas pela polícia e por militares em fevereiro.
Mianmar vive o dia mais violento de repressão aos protestos contra golpe militar
Politibola com informações do G1