O jornal francês Les Echos mostra nesta quinta-feira (25) o admirável crescimento das exportações do setor de eletrônicos em Taiwan, no Vietnã e na Coreia do Sul. Apenas em Taiwan, as vendas para o exterior nesse segmento cresceram 48% em 12 meses. A seguradora Coface prevê que os 15 países que mais irão se beneficiar da retomada econômica em 2021 estão na Ásia e na África. Bangladesh, Egito, Costa do Marfim e Uzbequistão fazem parte dessa lista. China e Estados Unidos também devem recuperar até o fim do ano os níveis de crescimento do período anterior à crise, ou seja, de 2019.
“Apesar de contribuir para a saída de crise, a vacinação não parece ser um fator determinante” para a melhora do desempenho econômico, nota o Les Echos. O Brasil e a União Europeia têm urgência na vacinação pelo elevado número de mortos e contaminados, mas vários países asiáticos avançam na imunização em ritmo lento simplesmente por enfrentarem um contexto pandêmico menos agressivo.
O despertar de Nova York
A cidade americana, durante muito tempo o maior centro de contaminação da Covid-19 nos EUA, ganha reportagem especial no Libération. “Os moradores de Nova York esperam um retorno rápido da atividade econômica, ainda profundamente marcados pela pandemia que matou mais de 30.500 pessoas e agravou a pobreza”, diz o texto. O inferno começou em 22 de março do ano passado, quando o lockdown foi decretado e os corpos de mortos da Covid-19 começaram a se acumular em toda parte.
Um ano depois, o ruído das buzinas e o balé dos helicópteros está de volta. “Cerca de 3,4 milhões de habitantes de Nova York já tomaram a primeira dose da vacina e a cidade encontra novamente sua energia legendária”, observa a reportagem do Libération. As disparidades na imunização permanecem, no entanto, presentes: 35% dos adultos foram vacinados em Manhattan, contra 25% no Bronx, relata o jornal progressista.
Como muitos analistas observam, apesar do acalentado desejo de mudança no “mundo pós-pandemia”, as desigualdades perduram.
Com informações da RFI