“São 200.211 pessoas que lamentavelmente faleceram por causa de complicações da doença”, anunciou na quinta-feira (25) à noite José Luis Alomía, diretor de epidemiologia da secretaria de Saúde mexicana.

Apesar da marca simbólica, o país chegou a nove semanas de números decrescentes de mortes e casos confirmados. Foram registrados 584 novos óbitos nas últimas 24 horas, contra um pico de mais de 3 mil no dia 5 de fevereiro.

O número de infectados caiu de mais de 20 mil por dia em janeiro para cerca de 6 mil atualmente. A tendência, no entanto, não afasta o medo de uma nova onda de infecções.

Com 126 milhões de habitantes, o México é o terceiro país mais afetado pela doença, depois de Estados Unidos (546 mil mortes) e Brasil (303 mil). A taxa de mortalidade do México é 17 por 100 mil habitantes.

A número de mortes está muito longe das previsões do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, que passou de uma estimativa inicial de 8 mil óbitos para 35 mil e depois para 60 mil em um cenário “catastrófico”.

Risco de nova onda?

A queda nos números de mortes e casos confirmados ocorre depois do “pesadelo” vivido em janeiro, quando recordes foram quebrados e os hospitais colapsaram principalmente na capital e sua região metropolitana.

“Estamos em uma relativa calma”, afirma Macías. “Nos hospitais há mais leitos disponíveis, há oxigênio porque já não tem aquelas reuniões e festas [de fim de ano]”.

Porta-voz da estratégia do país contra o coronavírus, Hugo López-Gatell, reluta em fazer novas previsões, mas alerta para o risco de uma nova onda de infecções quando milhões de mexicanos se preparam para a Páscoa.

“Não há certeza — nem no México, nem no mundo — de que uma curva epidêmica cairá progressivamente”, diz López-Gatell.

Com informações da France Press