Na sexta-feira, alguns carros chegaram a ficar boiando na Avenida Pedro II (Foto: Reprodução)

Nesse período foram registradas as quedas de nove árvores e algumas fendas se abriram nas ruas, assim como no terminal rodoviário de João Pessoa.

Os últimos três dias foram de tempestade em João Pessoa e a cidade já acumula mais de 280 mm de chuva em 72 horas, incluindo a sexta, o sábado e o domingo. A previsão é de que continue chovendo nesta segunda-feira (1), porém com menos intensidade. Com muito mais água do que o esperado, alguns danos ocorreram na cidade, mas não houve vítimas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil, Coronel Kelson Chaves.

Segundo o Coronel Kelson, além dos alagamentos que atrapalharam o trânsito em diversos pontos da cidade, nesse período foram registradas as quedas de nove árvores e algumas fendas se abriram nas ruas, assim como no terminal rodoviário de João Pessoa.

Alguns exemplos são a cratera que se abriu na Rua das Acácias, no bairro do Miramar, e na ciclovia no final da orla do Cabo Branco. Além disso, parte do asfalto e da calçada do Terminal de Integração do Varadouro cederam.

Apesar disso, o Coronel Kelson afirmou que não houve deslizamento de barreiras ou desabamentos e nenhuma família está desabrigada. Ele explicou que em torno de meia dúzia de famílias tiveram problemas de alagamentos em suas residências, sendo algumas delas devido a defeitos no telhado. Essas pessoas, porém, optaram por hospedar-se nas casas de parentes ou amigos até o período chuvoso passar.

”Nesse momento de pandemia, temos muito cuidado com realocações, para não haver aglomerações de famílias em ginásios, mas até agora não foi necessário”, comentou o coordenador da Defesa Civil.

O Coronel Kelson afirmou que João Pessoa oito comunidades ribeirinhas e 23 trechos de rio que estão sempre passando por desassoreamento, para evitar enchentes. Uma série de fatores, porém, levou aos grandes alagamentos da última sexta-feira. ”Foram mais de 160 mm de água”, disse. O volume é 64% maior do que o esperado para todo o mês de fevereiro. Além disso, a maré estava alta. ”No Porto do Capim, a maré mais baixa estava em 2.4”, afirmou.

Outro problema apontado pelo coordenador da Defesa Civil é que a rede de escoamento de água é subdimensionada em diversos bairros da cidade. É o caso da Torre, por exemplo, um dos bairros mais atingidos por alagamentos e onde alguns moradores foram flagrados passeando de caiaque pelas vias cheias de água. A rede do bairro é antiga e por isso não suporta grandes volumes de chuva.

Politibola com informações do Clickpb