A poucas horas do anúncio de novas medidas restritivas contra a Covid-19 na região parisiense, que está com as UTIs saturadas, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, pediu ao premiê francês, Jean Castex, que “deixe uma margem de respiração para os parisienses”, que podem entrar em seu terceiro lockdown após um ano de epidemia.

Sem se pronunciar sobre o que consideraria o lockdown mais “adaptado” para a capital francesa, Hidalgo pediu que os parisienses possam “sair um pouco mais do que uma hora por dia e mais longe do que um quilômetro de casa.”

As regras estipuladas pelo governo, no último bloqueio, visaram restrigir ao máximo a circulação dos franceses, que podiam se locomover além de um quilômetro de suas casas apenas por razões específicas, como consultas médicas, por exemplo.

A prefeita de Paris, que é uma candidata potencial às eleições presidenciais, também pediu que a vacinação acelere e que os testes de saliva sejam usados de forma massiva para garantir a abertura das escolas. Ela também excluiu a possibilidade de manter as escolas abertas com cantinas fechadas.

O governo francês anunciará às 19h as novas restrições para a região parisiense e uma região vizinha para tentar frear a “terceira onda” de epidemia da Covid-19, que atingirá de maneira “muito forte” a França até metade de abril, de acordo com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Fechamento total é última opção

Para os 18 milhões de habitantes que devem ser alvo das novas restrições, o Executivo pode adotar um lockdown durante o final de semana, ou similar ao de novembro, com medidas restritivas semanais.

O bloqueio total, como o ocorrido de março a maio de 2020, é a última opção. A taxa de ocupação das UTIs parisienses ultrapassa os 100%. A alta de contaminações se explica pela presença dominante da cepa britânica, mais contagiosa e mortal.

Com informações da AFP