De acordo com os especialistas do Instituto, o sistema hospitalar vive uma situação extremamente crítica em um momento em que 24 estados e o Distrito Federal têm taxas de ocupação de leitos de UTI iguais ou superiores a 80%, sendo que pelo menos 15 deles já atingiram 90%.Diante deste cenário, os pesquisadores da Fiocruz chamam a atenção para a urgência de ampliar e intensificar as medidas de bloqueio da transmissão e uso de máscara como principais medidas de controle de casos da covid-19.
Mais vacinas
A Fiocruz deve entregar ainda nesta quarta-feira mais 500 mil doses do primeiro lote das vacinas da covid-19, feita com insumos importados. Até sexta-feira, a Fundação promete entregar mais 580 mil doses, totalizando 1,08 milhão.
Todas as vacinas serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações do governo federal.
Na última sexta-feira, uma segunda linha de produção começou a operar no laboratório de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, e a expectativa é de que até o final do mês ele passe a fabricar 1 milhão de doses diárias.
O Instituto Butantan também entregou nesta quarta-feira mais 2 milhões de vacinas CoronaVac contra a covid-19 ao PNI. Na segunda-feira, o Instituto já havia entregado uma remessa de 3,3 milhões de doses ao Ministério da Saúde.
No total, o Butantan já entregou 22,6 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde e a previsão é entregar 46 milhões de doses até o final de abril.
Vacinação em São Paulo
Na segunda-feira, o governo do estado de São Paulo anunciou a inclusão de idosos entre 70 e 71 anos na campanha de vacinação contra covid-19, que deve começar a partir do próximo dia 29 de março. A expectativa é de vacinar cerca de 600 mil idosos desta faixa etária em todo o estado.
Ainda na segunda, o São Paulo iniciou a vacinação dos idosos entre 75 e 76 anos, que somam 420 mil pessoas, e na próxima segunda-feira (22) começam a ser imunizadas pessoas entre 72 e 74 anos.
Mutações preocupam especialistas
O aumento dos casos de covid-19 no Brasil e o baixo índice de vacinação da população podem transformar o país em um criadouro de novas variantes do coronavírus, mutações que podem inclusive se tornarem resistentes às vacinas já aplicadas no Brasil, alertam especialistas.
A variante que preocupa os médicos e a cepa amazônica, principal responsável pela segunda onda de assola o país e que, segundo o virologista e pesquisador do Laboratório de Virologia, do Instituto de Medicina Tropical, da Faculdade de Medicina da USP (IMT/FMUSP), José Eduardo Levi, tem grandes chances de sofrer novas mutações.
“Se a taxa de infecção for mantida com 80 mil novos infectados por dia, sendo 80% dos casos da P.1 (como é chamada a variante brasileira), pelo menos em São Paulo e Santa Catarina onde já produzimos dados, a chance do vírus surgido no Amazonas virar outra coisa é muito alta”, disse.
Buscas no Google
Nos últimos sete dias houve um aumento de buscas no Google por informações sobre a covid-19, chegando a ser o termo mais pesquisado em alguns momentos.
De acordo com o Google Trends, os usuários buscam informações com perguntas como “suspeita de covid: o que fazer”, “como é a dor de cabeça da covid” e “sintomas de covid: o que fazer”.
Com informações do msn