Last updated on setembro 19th, 2021 at 08:17 pm
A publicação anual, que faz um balanço das atividades do órgão em 2020, aponta que os EUA usaram relações diplomáticas nas Américas para dificultar as negociações de nações com a Rússia para compra do imunizante.
Em um trecho do documento, o órgão afirma expressamente que “persuadiu o Brasil a rejeitar a vacina russa contra a covid-19”. O relatório está disponível no site do governo dos Estados Unidos desde 17 de janeiro.
A informação não teve grande repercussão até que, na manhã desta 2ª feira (15.mar), o canal oficial da Sputnik V no Twitter comentou a tentativa do governo norte-americano em evitar que outros países adquirissem o imunizante.
“Acreditamos que os países devem trabalhar juntos para salvar vidas. Os esforços para minar as vacinas são antiéticos e estão custando vidas”, escreveram os fabricantes do imunizante.
Na última 6ª feira (12.mar), o governo brasileiro assinou um contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V. A vacina ainda não tem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial.
Até o momento, o Brasil aplica doses da CoronaVac, parceria do Instituto Butantan com a chinesa Sinovac, e a Covishield, parceria da Fiocruz com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
A Sputnik V foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. O imunizante tem 91,6% de eficácia global.
A vacina foi aprovada na Rússia em agosto de 2020, sendo a 1ª a receber liberação de uma autoridade sanitária no mundo. Pelo menos 50 países já autorizaram o uso da vacina.
O Poder360 procurou o Ministério da Saúde e o Ministério de Relações Exteriores para confirmar se fizeram contato com autoridades norte-americanas para discutir o uso da Sputnik V. Até a publicação desta reportagem, não houve resposta.
Com informações do msn