Fachada da Suprema Corte dos EUA, em foto de 2018 — Foto: Manuel Balce Ceneta/Arquivo/AP Photo
Mesmo abortos em casos de estupro e incesto estão proibidos. A medida é uma maneira de tentar forçar a Suprema Corte a tomar uma nova decisão sobre o tema, que iria substituir as regras atuais, vigentes desde 1973.
O estado do Arkansas, dos Estados Unidos, aprovou na terça-feira (10) uma lei que proíbe o aborto mesmo em casos de estupro ou incesto. A regra é uma tentativa de pressionar a Suprema Corte americana a revogar uma decisão de 1973 que garantiu o direito ao aborto no país.
Por que o aborto voltou a ser assunto nos EUA?
A única exceção prevista no texto promulgado no estado, conhecido por seu conservadorismo cristão, é “salvar a vida da mãe durante uma emergência médica”, disse o governador do Arkansas, Asa Hutchinson. Ele declarou ter ratificado a lei seguindo suas “convicções sinceras” contra o aborto.
Nos últimos 20 anos, os estados do centro e sul do país restringiram as possibilidades em que o aborto pode ser legal, o que forçou muitas clínicas a fechar as portas..
Os ativistas contra o direito ao aborto querem que a Suprema Corte mude a regra para permitir que cada estado tome sua decisão sobre o tema. “O propósito da lei é abrir caminho para que a Suprema Corte revogue a jurisprudência atual”, disse o governador do Arkansas. O tribunal é dominado por conservadores.
Com informações do G1