“É nosso dever, com a Agência Dinamarquesa de Medicamentos, notificar os possíveis efeitos colaterais considerados graves na Dinamarca e em outros países europeus”, declarou, em um comunicado, o diretor do órgão, Søren Brostrøm. Ele não especificou o número de pacientes que apresentou as reações. Um caso de embolia pulmonar também foi registrado.
Na segunda-feira (8), a Áustria informou que parou de administrar um lote de imunizantes produzidos pelo laboratório anglo-sueco, após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a “graves distúrbios de sangramento”, dias depois ser vacinada. Outros quatro países europeus – Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo – suspenderam imediatamente a vacinação com doses desse lote, que foi entregue a 17 países e incluía um milhão de vacinas.
O laboratório AstraZeneca declarou que as doses de sua vacina são submetidas a controles de qualidade rigorosos e não confirmou nenhum caso de efeito colateral grave ligado ao imunizante. A Agência Europeia dos Medicamentos declarou na quarta-feira (10) que não havia provas que permitissem afirmar que a vacina tenha provocado reações nos pacientes austríacos.
O número de complicações vasculares, que se caracterizam pela formação de coágulos sanguíneos, em pessoas vacinadas com o imunizante da AstraZeneca, não é o maior do que o da população em geral, segundo a Agência Europeia. Até o dia 9 de março, apenas 22 casos haviam sido relatados entre 3 milhões de pessoas.
A Agência dinamarquesa, entretanto, aguarda novos dados do órgão europeu. “É importante lembrar que não renunciamos ao uso da vacina: estamos apenas suspendendo”, reafirmou Søren Brostrøm.
Por conta da decisão, a campanha de vacinação no país será prolongada até 15 de agosto.
Com informações da AFP