A proposta, que passou pelo Senado no fim do ano passado, ainda precisa ser sancionada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador.

A lei representa um marco para o México, onde a violência ligada ao narcotráfico deixa milhares de mortos a cada ano. Veja o que diz a proposta de lei:

  • é permitido o cultivo para consumo próprio, comunitário e a produção industrial
  • é autorizado o porte de até 28 gramas de maconha por pessoa
  • cultivo caseiro é limitado a no máximo oito plantas
  • menores de 18 anos não podem ter acesso à cannabis
  • é proíbo o consumo em áreas de trabalho ou escritórios

Uma vez sancionada, a lei permitirá o uso recreativocientíficomédico e industrial da cannabis.

“A regulamentação proibicionista só conseguiu agravar o problema e gerou um aumento do tráfico de drogas e das mortes”, disse a deputada Simey Olvera, do partido governista Morena.

Combate ao crime

O governo de López Obrador defende a descriminalização da maconha como parte de sua estratégia para combater o crime organizado.

A iniciativa proposta pelo Morena inclui, entre outros pontos, a criação do Instituto Mexicano para a Regulação e Controle da Cannabis, um órgão descentralizado da Secretaria de Saúde do país.

A nova entidade poderá emitir cinco tipos de licenças para controlar algumas das atividades relacionadas com o cultivotransformaçãovendapesquisaexportação e importação da maconha.

Com a aprovação presidencial, o país se tornará o terceiro no mundo a liberar a substância também para uso recreativo, após Uruguai e Canadá – o México, porém, seria o maior mercado mundial legalizado.

Com informações do