Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) comanda o Senado pelos próximos dois anos
O nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) é citado nos bastidores como possível substituto do desgastado general Pazuello no ministério da Saúde. Barros já foi titular da pasta no governo Temer.
Havia ainda a expectativa de um desmembramento do ministério da Economia, com a recriação da pasta da Indústria e Comércio Exterior ou do Trabalho, mas fontes disseram ao R7 Planalto que o desmembramento foi, até o momento, descartado.
Além do novo xadrez na Esplanada dos Ministérios, a eleição dos aliados Arthur Lira (PP-AL), para a Câmara e Rodrigo Pacheco (MDB-MG), para o Senado, deve facilitar o fluxo de pautas de interesse do governo no Congresso. Lira e Pacheco devem tanto acelerar as chamadas “pautas de costume” como barrar eventuais pautas-bomba ou pedidos de impeachment.
O novo fluxo, no entanto, não significa menos trabalho de articulação por parte do governo. Se não houver articulação, os projetos podem ser derrotados nas votações e a articulação continua a cargo do Palácio do Planalto. Além disso, o Planalto terá o desafio de pagar as emendas prometidas durante o processo eleitoral, em ano ainda de pandemia e com rombo nas contas públicas recorde.
Apesar da mudança de comando, as pautas econômicas continuarão sendo um desafio para o governo e para o Congresso. Há resistências dentro do próprio governo e na Câmara na pauta das privatizações e nas reformas, especialmente na administrativa, que encontra enormes resistências dos servidores.
A pauta número um tanto de Pacheco quanto Lira será a aprovação do Orçamento 2021 e dentro dessa discussão dois assuntos também terão que ser discutidos: a extensão do auxílio emergencial e a PEC Emergencial.
O combate à pandemia e as vacinas também serão temas tratados pelo parlamento.