Arthur Lira, novo presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, novo presidente do Senado
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL E JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO

Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) comanda o Senado pelos próximos dois anos

O dia seguinte da eleição dos presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco) deve começar do outro lado da Praça dos Três Poderes, no Palácio do Planalto, com articulações e, nos próximos dias, anúncios de mudanças em ministérios. Para acomodar os novos aliados no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro deve promover alterações no Ministério da Cidadania, trazendo Onyx Lorenzoni para a Secretaria-Geral da Presidência e também em outras pastas.

O nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) é citado nos bastidores como possível substituto do desgastado general Pazuello no ministério da Saúde. Barros já foi titular da pasta no governo Temer.

Havia ainda a expectativa de um desmembramento do ministério da Economia, com a recriação da pasta da Indústria e Comércio Exterior ou do Trabalho, mas fontes disseram ao R7 Planalto que o desmembramento foi, até o momento, descartado.

Além do novo xadrez na Esplanada dos Ministérios, a eleição dos aliados Arthur Lira (PP-AL), para a Câmara e Rodrigo Pacheco (MDB-MG), para o Senado, deve facilitar o fluxo de pautas de interesse do governo no Congresso. Lira e Pacheco devem tanto acelerar as chamadas “pautas de costume” como barrar eventuais pautas-bomba ou pedidos de impeachment.

O novo fluxo, no entanto, não significa menos trabalho de articulação por parte do governo. Se não houver articulação, os projetos podem ser derrotados nas votações e a articulação continua a cargo do Palácio do Planalto. Além disso, o Planalto terá o desafio de pagar as emendas prometidas durante o processo eleitoral, em ano ainda de pandemia e com rombo nas contas públicas recorde.

Apesar da mudança de comando, as pautas econômicas continuarão sendo um desafio para o governo e para o Congresso. Há resistências dentro do próprio governo e na Câmara na pauta das privatizações e nas reformas, especialmente na administrativa, que encontra enormes resistências dos servidores.

A pauta número um tanto de Pacheco quanto Lira será a aprovação do Orçamento 2021 e dentro dessa discussão dois assuntos também terão que ser discutidos: a extensão do auxílio emergencial e a PEC Emergencial.

O combate à pandemia e as vacinas também serão temas tratados pelo parlamento.

Politibola com informações do R7