Líderes da União Europeia participam de cúpula em Bruxelas, na Bélgica — Foto: John Thys/AP
Se aprovadas, as sanções serão uma resposta à condenação do opositor russo Alexei Navalny. Decisão será confirmada em uma reunião nos dias 25 e 26 de março.
Se forem adotadas, as sanções serão uma resposta à detenção e à condenação do opositor russo Alexei Navalny e à má recepção ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, durante sua visita a Moscou, no início de fevereiro.
Na ocasião, o chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou, em alusão ao clima tenso com os europeus, que “mesmo querendo a paz, é preciso estar pronto para a guerra.”
As relações com o governo russo, entretanto, devem dominar as discussões. A pressão por mais sanções contra autoridades do país, além das medidas que a UE já aplica contra a Rússia, pode levar diplomatas europeus a ativarem um novo dispositivo, chamado de regime global, aprovado em dezembro pelo bloco, que permite sanções por violação dos direitos humanos.
Nova cúpula
É uma decisão política: definir qual regime adotar para justificar as sanções. A UE já aplicou um critério geográfico, no caso de sanções pela situação na Ucrânia, e o regime de uso de substâncias químicas, para aplicar sanções à Rússia”, diz um diplomata. Agora, “haverá um critério sobre os direitos humanos, e haverá uma discussão sobre se ele pode ser aplicado à Rússia”, completou um diplomata que participará das discussões.
Tela na sede da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, mostra líderes de países europeus durante a cúpula de emergência — Foto: Olivier Hoslet/Pool via AFP
Os chanceleres também deverão definir as pessoas, ou entidades que serão afetados pelas medidas. A decisão será confirmada pelos líderes do bloco, em uma cúpula que acontecerá nos dias 25 e 26 de março.