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Os clubes rebaixados não terão direito e premio.
Esta é a segunda edição com este modelo de distribuição, de enorme impacto na receita.

A “premiação” do Campeonato Brasileiro de 2020 chega a R$ 335,2 milhões, repetindo o montante de 2019, quando começou a vigorar o atual formato de distribuição das receitas de transmissão da 1ª divisão. Daí a aspa sobre a premiação, pois o valor corresponde a 30% do montante pago pela Rede Globo para esta edição – com a divisão entre cota igualitária (40%), cota de audiência (30%) e cota de desempenho (30%).

Porém, apenas 16 dos 20 clubes receberão essa última cota, possivelmente em março de 2021, com os quatro rebaixados captando apenas 70% do que poderiam. Para a edição de 2020 houve uma articulação para dividir também com o Z4, tentando minimizar o dano da queda. De acordo com a notícia dada por Igor Siqueira, no jornal O Globo, não houve a necessária unanimidade para a alteração, com o Athletico-PR sendo contrário. Sendo assim, não cair significa, de cara, uma premiação de R$ 11 milhões, o valor para o 16º lugar. Já o 17º ficará de mãos vazias. Haja peso sobre a permanência.

Sobre os valores reservados aos 16 melhores, cuja tabela foi mantida, a diferença entre as posições varia de R$ 900 mil a R$ 2,65 milhões – confira abaixo. Há uma ressalva necessária, pois trata-se do valor pago pelo Grupo Globo àqueles clubes com contratos assinados tanto para a tevê aberta (Globo) quanto para a tevê fechada (SporTV), caso do Sport até 2024. Já para os times que firmaram com o Esporte Interativo na tevê fechada, como Bahia, Ceará e Fortaleza, há uma pequena redução neste cenário – ainda assim, vale como curiosidade.

O formato anterior sobre a premiação na elite
Antes deste modelo em 2019/2020, a premiação era, de fato, uma receita “extra” no Brasileirão, sem relação direta com a televisão. No último ano assim, em 2018, o montante foi de R$ 63,7 milhões. Ou seja, o dado foi multiplicado por 5x, num crescimento absoluto de R$ 271,5 milhões.

A premiação na Série A de 2020 (o mesmo valor de 2019)
1º) R$ 33,00 milhões (+1,65 mi sobre a posição abaixo)
2º) R$ 31,35 milhões (+1,65 mi)
3º) R$ 29,70 milhões (+1,70 mi)
4º) R$ 28,00 milhões (+1,60 mi)
5º) R$ 26,40 milhões (+1,65 mi)
6º) R$ 24,75 milhões (+1,65 mi)
7º) R$ 23,10 milhões (+1,65 mi)
8º) R$ 21,45 milhões (+16,5 mi)
9º) R$ 19,80 milhões (+1,65 mi)
10º) R$ 18,15 milhões (+2,65 mi)
11º) R$ 15,50 milhões (+0,90 mi)
12º) R$ 14,60 milhões (+0,90 mi)
13º) R$ 13,70 milhões (+0,90 mi)
14º) R$ 12,80 milhões (+0,90 mi)
15º) R$ 11,90 milhões (+0,90 mi)
16º) R$ 11,00 milhões (+11,00 mi!)

Os 20 participantes da Série A de 2020
Athletico-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Bragantino, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Inter, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco

Os clubes nordestinos que receberam premiações no Brasileirão (em milhões de reais)
2010 – Ceará (12º), 1.0 mi
2011 – Bahia (14º), 1.0 mi
2012 – Náutico (12º), 0.5 mi; Bahia (15º), 0.2 mi
2013 – Vitória (5º), 1.4; Bahia (12º), 0.5 mi
2014 – Sport (11º), 0.6 mi
2015 – Sport (6º), 1.4 mi
2016 – Sport (14º), 0.9 mi; Vitória (16º), 0.7 mi
2017 – Bahia (12º), 1,2 mi; Sport (15º), 0.85 mi; Vitória (16º), 0.744 mi
2018 – Bahia (11º), 1.38 mi; Ceará (15º), 0.85 mi
2019 – Fortaleza (9º), 19,8 mi; Bahia (11º), 15.5 mi; Ceará (16º), 11.0 mi

Politibola com informações da CBF