MARIO CRUZ/EFE/EPA – 30.1.2021

Áustria vai receber pacientes internados nas UTIs portuguesas e Alemanha enviará médicos e equipamentos para os hospitais

Portugal vai receber ajuda internacional depois de bater novamente o recorde de mortos por covid-19 neste domingo (31), com 303 óbitos, mesmo número registrado na última quinta-feira (28).De acordo com o balanço da Direcção-Geral da Saúde (DGS), nas últimas 24 horas foram notificadas 9.498 infecções, valor inferior aos dos dias anteriores, embora os números mais moderados tendem a ser registados aos domingos pela queda de testes nos fins de semana.

A pressão continua a aumentar nos hospitais, onde há 6.694 pessoas internadas com covid (150 a mais que no dia anterior), e com 858 internados em unidades de tratamento intensivo.

A situação nos hospitais é especialmente crítica na região de Lisboa, que registrou neste domingo pouco mais da metade do total de infecções e mortes notificadas no país.

Portugal está perto de ficar sem leitos de UTI para tratar covid

Depois de recorrer aos hospitais de campanha, aos centros militares e privados, bem como à transferência de doentes para o arquipélago da Madeira, soube-se hoje que Portugal vai finalmente receber ajuda internacional para enfrentar a pandemia.

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, anunciou que o seu país vai acolher doentes portugueses em cuidados intensivos, enquanto a imprensa alemã informa que a Alemanha vai enviar a Portugal uma equipa de 27 médicos e paramédicos, bem como respiradores e outros equipamentos.

As autoridades portuguesas não especificaram quantos pacientes serão enviados para a Áustria e nem quando.

Além disso, para frear a terceira onda, o país acordou hoje fechado, com controles na fronteira terrestre com a Espanha, que só pode ser cruzada em casos muito excepcionais, como trabalhadores transnacionais ou transporte de mercadorias.

Também foram estabelecidas medidas de saúde nos aeroportos, como PCR negativo obrigatório e quarentena na chegada, para voos da UE e do espaço Schengen, dependendo da incidência no país de origem.

Politibola com informações da EFE/R7