Last updated on outubro 31st, 2021 at 12:23 pm
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De acordo com reportagem do portal UOL, quando a pasta apresentou os números aos governos estaduais contou também as vacinas que ainda não estavam prontas e já se sabia que as quantidades indicadas não seriam atingidas. Até sexta-feira, segundo o consórcio de veículos de imprensa, 5.505.049 brasileiros haviam sido vacinadas com a primeira dose de um dos imunizantes disponíveis e 308.791 com a segunda dose.
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A principal falha do cronograma apresentado por Pazuello aos governadores está na Coronavac. A pasta diz que terá 9,3 milhões de doses do imunizante, distribuído no Brasil pelo Instituto Butantan. Porém, ao final de fevereiro, o órgão ligado ao governo de São Paulo estima que terá entregue 3,6 milhões ao ministério para distribuir aos estados. O cálculo leva em conta que já foram entregues 1,1 milhão de doses em 5 de fevereiro. A partir desta terça-feira (23), serão mais 426 mil por dia.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que “contava com a chegada de 9,3 milhões de doses da vacina contratada” junto ao Butantan. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que “fica muito difícil planejar sem termos a confirmação do que vamos receber”.
O Butantan reagiu dizendo que a pasta “omite e ignora fatos” e que desgastes diplomáticos do governo Bolsonaro com a China “provocaram atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina”. “É inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua completa falta de planejamento, que acarretou a falta de vacinas para a população em diversos municípios do país”, rebateu o instituto.
O Governo Federal ignorou três contratos enviados pelo instituto para combinar e acordar sobre as doses que seriam entregues ao ministério. O diretor do instituto, Dimas Covas, chegou a entregar um ofício nas mãos de Pazuello, que não respondeu.
Procurado pela reportagem do portal UOL, a pasta federal disse que “a redução no número de vacinas quebra a expectativa do Ministério da Saúde de cumprir o cronograma divulgado em 17 de fevereiro” e que “precisará rever a distribuição das doses das vacinas relativas ao mês de fevereiro”.
O Brasil tem certeza da contratação de 200 milhões de doses (somente com Coronavac e Oxford) das cerca de 590 milhões indicadas na planilha do ministério. Outras 110 milhões de doses da vacina de Oxford e mais 30 milhões da Coronavac ainda são tidas como intenção de “compra futura”. No caso da vacina do Butantan, o ofício com intenção de compra foi feito apenas na quinta-feira (18), um dia após a reunião com governadores.
O país ainda deverá receber 42,5 milhões de doses de imunizantes diversos por meio do programa Covaxx Facility ao longo de 2021.
Politibola com informações do Yahoo Notícias