Segundo Pentágono, os bombardeios desta quinta-feira (25), a primeira ação militar do governo Biden, foram retaliação a um ataque com foguete no Iraque no início deste mês, que matou um empreiteiro civil e feriu um membro do serviço militar dos EUA.
Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram em consequência do ataque americano. As autoridades disseram que foi “um punhado” de gente, de acordo com o “New York Times”, mas os militares não fizeram um balanço da operação.
De acordo com informações preliminares do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os ataques destruíram três caminhões de munições que chegavam do Iraque em um posto de fronteira ilegal, na cidade síria de Abu Kamal.
Esse ataque aéreo foi a primeira ação militar do governo de Joe Biden. O presidente autorizou o bombardeio porque considerou que era necessário retaliar os inimigos pelo ataque no Iraque, e que há ameaças aos militares americanos na região, de acordo com a assessoria de imprensa das Forças Armadas dos EUA.
A Casa Branca divulgou um comunicado no qual informa que Biden discutiu o bombardeio pelo telefone com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi. Os dois teriam concordado que era preciso responder aos ataques do começo do mês.
John Kirby, porta-voz das Forças Armadas dos Estados Unidos, em 17 de fevereiro de 2021 — Foto: Alex Brandon/AP
Ataque das milícias no dia 15 de fevereiro
No dia 15 de fevereiro, um míssil atingiu o aeroporto de Erbil, no Iraque. Um empreiteiro de origem filipina que trabalhava para os americanos morreu, e outras seis pessoas ficaram feridas (quatro terceirizados americanos e um membro da guarda nacional dos EUA entre eles).
Mapa mostra onde foi o ataque com míssil que tinha americanos como alvo e o local que as Forças Armadas dos EUA bombardearam em retaliação em 25 de fevereiro — Foto: G1
Erbil fica em uma região semi-autônoma do Iraque, administrada por curdos. No aeroporto da cidade, há uma base militar que recebe tropas estrangeiras. É o Iraque que investiga quem foram os responsáveis pelo ataque ao local.
Uma semana depois, houve um outro ataque de míssil, esse na Zona Verde de Bagdá (uma região que foi o centro da autoridade governamental durante a ocupação do Iraque e, hoje, é onde há mais presença internacional). Aparentemente, o alvo era o complexo onde fica a embaixada dos EUA. Ninguém ficou ferido.
O Irã disse que não tem ligações com os Guardiões da Brigada de Sangue.
A frequência de ataques de grupos de milícias xiitas contra alvos dos EUA no Iraque diminuiu no final do ano passado, antes da posse do presidente Joe Biden. Agora, o Irã pressiona os Estados Unidos para retornar ao acordo nuclear de 2015.
Politibola com informações da Associated Press