O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, fala a jornalistas sobre a retomada do acordo nuclear com o Irã, em Washington, na quarta-feira (24) — Foto: Reuters/Carlos Barria/Pool

“Nossa paciência não é ilimitada”, respondeu o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, aos jornalistas que o questionaram por quanto tempo a oferta de diálogo permanecerá sobre a mesa.

O governo democrata de Joe Biden disse na semana passada que aceitou um convite dos europeus para uma reunião informal com o Irã e o resto das potências signatárias do acordo de 2015 para limitar o programa nuclear iraniano. Teerã, porém, não respondeu.

O alto funcionário americano indicou que estabelecer limites verificáveis e permanentes para esse programa nuclear é um “desafio urgente”.

Da Casa Branca, a porta-voz Jen Psaki afirmou que os Estados Unidos ainda aguardam uma resposta do Irã sobre o convite dos europeus.

O ex-presidente Donald Trump retirou os EUA do pacto internacional em 2018 alegando que era insuficiente. Em seguida, Washington voltou a impor as sanções que haviam sido levantadas nas negociações.

Em resposta, Teerã passou a descumprir as exigências do acordo e agora exige a suspensão das sanções antes de começar a limitar suas atividades.

Essa semana, o Irã começou a limitar o acesso às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em resposta à recusa dos Estados Unidos em suspender as sanções imediatamente.

No entanto, em um sinal de abertura, foi estabelecido um acordo provisório que, segundo o diretor da AIEA, o argentino Rafael Grossi, dá à organização “o nível necessário de vigilância” e capacidade de verificação.

Politibola com informações da France Presse