África do Sul irá suspender o uso da vacina AstraZeneca em seu programa de imunizações, informou o ministro da Saúde Zweli Mkhize neste domingo (7).

De acordo com Mkhize, os dados de um ensaio clínico mostraram que a vacina AstraZeneca oferece proteção limitada contra doenças leves causadas pela variante do coronavírus 501Y.V2 identificada pela primeira vez na África do Sul.

Cientistas do Ministério da Saúde sul-africano agora vão analisar os dados para decidir a melhor forma de proceder.

Ampola da vacina da AstraZeneca em foto ilustrativa feita em 11 de janeiro de 2021 — Foto: Ilustração/Dado Ruvic/Reuters/Arquivo

Ampola da vacina da AstraZeneca em foto ilustrativa feita em 11 de janeiro de 2021 — Foto: Ilustração/Dado Ruvic/Reuters/Arquivo

Menos eficaz contra a variante sul-africana

Segundo o “Financial Times”, os dados ainda não foram revisados e integram um estudo que deve ser divulgado na segunda-feira (8). Para casos graves, hospitalizações e mortes, a eficácia da vacina contra a variante da África do Sul ainda não foi determinada.

O “Financial Times” também destacou que não houve casos de hospitalizações e mortes entre as 2 mil pessoas que participaram do teste. No estudo, realizado com pacientes com idade média de 31 anos, metade dos participantes recebeu uma dose de placebo, enquanto a outra recebeu uma dose da vacina.

De acordo com a publicação, a AstraZeneca e a Oxford se recusaram a comentar estudo antecipado pelo jornal. A Oxford também reforçou que trabalha com parceiros em todo o mundo para identificar os efeitos das novas variantes na sua primeira vacina desenvolvida contra a Covid-19.

Politibola com informações do AFP