Covaxin é produzida pela indiana Bharat Biotech — Foto: Reprodução/Instagram/Bharat Biotech
A vacina foi aprovada na Índia para uso emergencial, sem apresentar dados de eficácia de um teste de estágio avançado.
A farmacêutica Bharat Biotech, da Índia, disse, nesta terça-feira (9), que provavelmente exportará sua vacina contra Covid-19 para o Brasil e para os Emirados Árabes Unidos nesta semana. A vacina foi aprovada na Índia para uso emergencial, sem apresentar dados de eficácia de um teste de estágio avançado.
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A Bharat Biotech já forneceu milhões de doses da Covaxin, desenvolvida com o estatal Conselho Indiano de Pesquisa Médica, à campanha de inoculação do governo – que também está empenhado em exportar vacinas feitas localmente como parte de uma investida diplomática.
Uma porta-voz da Bharat Biotech confirmou à Reuters que haverá exportações aos dois países e que elas poderiam começar nesta semana. A mídia indiana já havia publicado a informação.
Os resultados de um teste com 25.800 participantes da Índia serão divulgados em março. No entanto, a agência reguladora de medicamentos do país considera a vacina segura e eficaz, apesar de críticas de médicos e especialistas de saúde. Um estudo com 26 participantes mostrou que a Covaxin é eficaz contra a variante britânica do coronavírus.
A Bharat Biotech também pediu autorização para realizar um teste de estágio avançado da Covaxin no Brasil. A empresa ainda pediu autorização de uso emergencial nas Filipinas.
A empresa forneceu 5,5 milhões de doses ao governo indiano e está vendendo mais 4,5 milhões, acrescentou a porta-voz.
A Índia também encomendou mais 10 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao Instituto Serum da Índia (SII), disse um porta-voz da empresa à Reuters. O SII está fabricando a vacina principalmente para países de baixa e média renda.
As duas vacinas são usadas no que a Índia classifica como o maior programa de imunização do mundo para cobrir 300 milhões de pessoas até agosto, começando com profissionais de saúde e outros trabalhadores e chegando aos idosos e às pessoas com doenças preexistentes até março.
O SII, que é o maior fabricante mundial de vacinas, já havia fornecido 11 milhões de doses à campanha de inoculação, que cobriu 6,3 milhões de profissionais da linha de frente desde que começou, em 16 de janeiro.
“A segunda encomenda já foi recebida, é de 10 milhões de doses”, disse um porta-voz do SII, acrescentando que a cifra é parte das 100 milhões de doses que a empresa concordou em vender ao governo por cerca de 2,74 dólares cada.
Politibola com informações da Reuters