Conte já havia anunciado que iria apresentar sua renúncia.

Sergio Mattarella, o presidente, vai conversar com os líderes partidários na quarta-feira para decidir como resolver a crise política.

A expectativa é que Mattarella entregue a Conte um mandato para formar um novo governo, com mais apoio no parlamento, disseram fontes do governo.

Itália enfrenta crise política após renuncia de duas ministras
Itália enfrenta crise política após renuncia de duas ministras
Conte perdeu a sua maioria no Senado semana passada, quando o partido de centro Itália Viva, liderado pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, deixou a coalizão por uma disputa pela maneira como o governo lidou com a crise do coronavírus e a recessão econômica.

Uma das principais reclamações de Renzi é que Conte tomou decisões sobre a pandemia sem passar pelo Parlamento, com base em relatórios de técnicos que não foram eleitos.

Conte soube que não tinha mais o apoio no Congresso ao tentar fazer nomeações de seu governo.

As tentativas de Conte para atrair senadores de centro e independentes aos quadros do governo não tiveram sucesso.

Anteriormente, parlamentares da própria coalizão do primeiro-ministro alertaram que ele seria derrotado no parlamento esta semana na votação de um relatório sobre o sistema judiciário, o que poderia ser evitado apenas com a sua renúncia.

Conte resistiu a renunciar até agora por medo de não ser novamente indicado. Em vez disso, tentou atrair senadores que se afastavam com promessas vagas de um novo pacto governamental e possíveis cargos nos ministérios.

Segunda renúncia

Essa não é a primeira vez que Conte renuncia. Em 2019, ele perdeu a maioria do Congresso depois que a Liga, um partido da extrema-direita que formava a coalizão de governo, apresentou uma moção de desconfiança.

Ele foi reconduzido ao poder nove dias depois, ao conseguir formar uma coalizão que incluía os partidos rivais Movimento 5 Estrelas (M5E) e Partido Democrata (PD), de centro-esquerda.

Assim, evitou-se a convocação de novas eleições naquele ano.

Politibola com informaçõe da Reuters
Por Ailton Cavalcanti