Nesse primeiro dia, já foram vacinados 162 profissionais que trabalham no Hospital Municipal Prontovida. (Foto: Reprodução)

O município de João pessoa recebeu neste primeiro lote 15.191 doses do imunizante.

Todos os hospitais de João Pessoa que atuam diretamente com a assistência para pacientes com Covid-19 começaram a receber, nesta terça-feira (19), as equipes de imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que estão aplicando a vacina que previne contra o novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Nesse primeiro dia, já foram vacinados 162 profissionais que trabalham no Hospital Municipal Prontovida.

Nesta quarta-feira (20), as equipes seguem a campanha de vacinação nos Hospitais Municipal Santa Isabel, Municipal Valentina Figueiredo, Clementino Fraga, Universitário Lauro Wanderlei (HULW), Unimed, e as UPAS Bancários, Cruz das Armas, Valentina e Oceania, além do Samu -192.

O município de João pessoa recebeu neste primeiro lote 15.191 doses do imunizante. “Neste momento, com o aumento de casos e registros da doença, a prioridade serão os profissionais de saúde que estiveram ausentes de suas residências nesse último ano com o propósito de salvar vidas, atuando diretamente com pacientes que tiveram contato com o vírus. São pessoas que estão mais expostas, são mais vulneráveis e é uma forma de tentar conter o avanço do vírus”, destacou Fernando Virgolino, enfermeiro e chefe da Seção de Imunização da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

A previsão do Ministério da Saúde é a vacinação de 208.645 pessoas na Capital da Paraíba. A meta é vacinar 90% de quem integra o grupo prioritário elegível para a vacinação.

Grupos – De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), o primeiro grupo é formado pelos trabalhadores de saúde, seguidos por idosos com 80 anos ou mais, idosos com 75 a 79 anos, pessoas com 60 anos ou mais residentes em abrigos ou asilos, indígenas e comunidades tradicionais (ribeirinha e quilombola).

Na segunda fase, serão imunizados idosos de 70 a 74 anos, idosos com 65 a 69 anos, pessoas com 60 a 64 anos. Já na terceira fase de imunização entram as pessoas com comorbidades: diabetes, hipertensão grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave. Por fim, a 4ª fase prevê a imunização de professores, integrantes das forças de segurança e salvamento e de funcionários do sistema prisional.

“A vacina tem como objetivo reduzir a morbimortalidade causada pelo novo coronavírus, bem como a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais. Estamos trabalhando para garantir o cuidado, vacinando e respeitando os grupos prioritários e, desta forma, vamos imunizar o máximo de pessoas possíveis dentro do quantitativo que iremos receber do Ministério da Saúde”, destacou o coordenador.

Imunizante – O imunizante, que foi desenvolvido pelo laboratório Sinovac em parceria com o Butantan, é uma vacina contendo o vírus SARS-CoV-2 inativado.

A eficácia da vacina foi demonstrada em um esquema contendo duas doses com intervalos de 14 dias ou 28 dias. O intervalo entre as doses de 14 dias resultou em uma soroconversão de 92%, já o intervalo maior de 28 dias refletiu em uma soroconversão de 97%. Para prevenção de casos sintomáticos de Covid-19 que precisaram de assistência ambulatorial ou hospitalar, a eficácia foi de 77,96%. Não ocorreram casos graves nos indivíduos vacinados, contra sete casos graves no grupo placebo.

“Dos trabalhadores de saúde que estão recebendo o imunizante, não poderão ser vacinados aqueles menores de 18 anos, lactantes, puérperas e gestantes. Ainda há as contraindicações para pessoas que apresentem sintomas compatíveis com a clínica para Covid-19. Aquelas pessoas que tiveram diagnóstico positivo recente da doença deverão aguardar 28 dias para poder receber a dose do imunizante, prorrogando, dessa forma, a primeira dose da vacina”, orientou Fernando Virgolino.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas com Covid-19 se recuperam da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Entretanto, uma em cada seis pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 desenvolvem formas graves da doença.

Politibola com informações do Clickpb
Por Ailton Cavalcanti