Os serviços prisionais russos (FSIN) confirmaram em comunicado a prisão de Navalny, de 44 anos, que “continuará detido até a decisão do tribunal” sobre seu caso.

O opositor voltava de avião da Alemanha, onde permaneceu vários meses para se recuperar de um suposto envenenamento que atribui aos serviços especiais russos (FSB) por ordem direta do presidente Vladimir Putin.

De acordo com o FSIN, Navalni violou as condições da sentença de 2014 enquanto estava na Alemanha, que o obrigam a se apresentar à administração da prisão pelo menos duas vezes por semana.

A principal figura da oposição russa subitamente entrou em coma em agosto, voltando de uma viagem à Sibéria. Ele foi inicialmente hospitalizado em Omsk, mas foi evacuado alguns dias depois para um hospital de Berlim.

Três laboratórios europeus concluíram que ele foi envenenado com um agente nervoso do tipo Novichok, desenvolvido na época soviética, conclusão confirmada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Conselho Europeu pede libertação

A prisão de Navalny foi criticada por lideranças europeias. Pelo Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu a Moscou a libertação “imediata” do principal opositor russo.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, por sua vez, pediu às autoridades russas que “respeitem os direitos” de Navalni. “A politização do sistema judicial é inaceitável”, acrescentou o ex-chanceler espanhol.

Politibola com informações da France Presse
Por Ailton Cavalcanti