Idoso recebe a primeira dose da vacina contra a Covid-19 durante a campanha de vacinação da Jordânia, em foto de 13 de janeiro de 2021 — Foto: Khalil Mazraavi/AFP
São 750 mil refugiados, segundo a ONU, a maioria sírios que fugiram da guerra.
O rei Abdullah II da Jordânia e seu filho, o príncipe herdeiro Hussein, foram vacinados esta semana para marcar o início da campanha de vacinação da Covid-19 no país.
As autoridades querem vacinar um quarto dos seus 10 milhões de habitantes, e o país é o primeiro a vacinar refugiados em seu solo – são 750 mil refugiados, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria sírios que fugiram da guerra.
“Os refugiados, assim como a população local, têm a possibilidade de acessar centros de saúde nas diferentes províncias”, disse Francesco Bert, chefe de relações exteriores do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) em Amã.
“O importante aqui é que os refugiados fazem parte [da população], como eles moram aqui, vaciná-los significa proteger a todos. Se os refugiados forem excluídos do Plano Nacional de Imunização, isso quer dizer que o vírus continuará circulando.”
Para Bert, outros países deveriam seguir este exemplo. A Jordânia é um dos últimos países do Oriente Médio a iniciar a campanha nacional de vacinação.
‘Licença emergencial’
A Jordânia lançou sua campanha de vacinação contra o coronavírus na quarta-feira (13), começando com profissionais de saúde, pessoas com doenças crônicas e pessoas com mais de 60 anos.
O Ministério da Saúde selecionou 29 postos de vacinação em toda a Jordânia, incluindo sete na capital. A meta das autoridades é vacinar cerca de um quarto dos 10 milhões de habitantes. A vacina é gratuita para jordanianos e residentes estrangeiros.
Após uma queda na contaminação nas últimas semanas, o primeiro-ministro Bicher al-Khasawneh indicou que as restrições postas em prática para conter a propagação do vírus, incluindo um toque de recolher às sextas-feiras, seriam suspensas gradualmente esta semana, e que as escolas reabririam em fevereiro.
A Jordânia registrou mais de 310.000 casos de infecção por Covid-19 e 4.091 mortes. Foram relatados cinco casos da variante britânica do vírus, considerada mais contagiosa.