O general é o número 1 das Forças Armadas espanholas e foi imunizado contra a Covid-19 junto com outros nomes da cúpula do órgão, furando os protocolos de prioridades estabelecidos pela União Europeia (UE).

“Com o objetivo de preservar a imagem das Forças Armadas, o General Villarroya apresentou hoje seu pedido de demissão à ministra da Defesa”, diz nota do Estado Maior. O pedido foi enviado neste sábado (23) à ministra da Defesa, Margarita Robles. O ministério ainda não se manifestou, mas a imprensa local afirma que o pedido foi aceito.

Os países da UE começaram no dia 27 de dezembro as suas campanhas de vacinação contra a Covid-19. Moradores de asilos para idosos e profissionais de saúde são os primeiros a receber a injeção. Somados, os 27 países do bloco têm cerca de 450 milhões de habitantes.

Nesta semana, surgiu a notícia de que uma lista de políticos espanhóis, de diversos partidos, havia se vacinado sem autorização. Avançando nas investigações, foi descoberto que nomes das Forças Armadas haviam feito o mesmo, incluindo o general Villarroya.

Segundo o jornal El Español, a ministra Robles pediu explicações ao Estado-Maior, que afirmou que havia firmado um protocolo de prioridade do agentes médicos, membros de missões internacionais e da cadeia de comando, obedecendo a um critério de idade. Em meio à repercussão negativa, esse protocolo foi cancelado e não poderá ser utilizado mesmo se houver sobra de vacinas.

Miguel Ángel Villarroya Vilalta é general de formação aeronáutica, formado na Academia Geral do Ar em 1981. Passou por todos os postos de comando, até chegar, em janeiro de 2020, ao cargo de general e chefe do Estado-Maior da Defesa da Espanha. Seu substituto não foi anunciado.

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Politibola com informações do G1
Por Ailton Cavalcanti