Procurador-geral da República, Augusto Aras e Jair Bolsonaro, presidente da República

Foto: Marcos Correa/PR

Levantamento da Transparência Internacional aponta que o Brasil se mantém estagnado na percepção da corrupção. No ranking geral, o Brasil aparece em 94º lugar de 180 nações onde a corrupção é mais percebida. A entidade utiliza uma nota que vai de 0 a 100 para avaliar cada país. Quanto mais próximo de 100, menos se tem percepção de corrupção.
Em 2020, o Brasil registrou 38 pontos, contra 35 de 2019. No entanto, mesmo melhorando na pontuação, a situação não muda, pois a variação está dentro da margem de erro de 4 pontos. Para a Transparência Internacional, nações com notas abaixo de 50 têm um quadro grave e sistemático de corrupção.
Dinamarca e Nova Zelândia, ambas com 87 pontos, aparecem no primeiro lugar da lista, seguidas da Finlândia (86) e Singapura, Suécia e Suíça, com 85 pontos cada. Venezuela (16), Iêmen (15), Síria (13), Sudão do Sul (12) e a Somália (9) estão nos piores lugares, com níveis mais elevados de corrupção.
Interferência na PF
O Brasil passou da 106ª posição em 2019, para a 94ª em 2020. Mas o levantamento aponta que o país enfrenta sérios retrocessos no combate à corrupção. A organização lembra que o presidente Jair Bolsonaro é investigado em inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentar interferir na Polícia Federal.
Lembra também que o procurador-geral da República, Augusto Aras, que teria como papel fiscalizar e denunciar atos ilegais no governo, está alinhado com o presidente Jair Bolsonaro. O relatório pontua que Aras tentou acessar arquivos da Lava-Jato que estavam em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, além de fazer críticas públicas à operação, o que levou ao pedido de demissão de procuradores.
Politibola com informações o Correio Braziliense