Joe Biden falará com Justin Trudeau em primeira ligação como presidenteTOM BRENNER / REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará por telefone na próxima sexta-feira (22) com o primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, em sua primeira ligação para um líder estrangeiro desde que tomou posse, disse na quarta (20) a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

“Seu primeiro telefonema para um líder estrangeiro será na sexta-feira, para o primeiro-ministro Trudeau”, afirmou Psaki em sua primeira entrevista coletiva como porta-voz da Casa Branca.

Os dois discutirão a relação bilateral e a decisão de Biden de cancelar o projeto do gasoduto Keystone XL, que se tornou um símbolo da luta contra a crise climática, por ordem executiva emitida hoje.

Trudeau estava confiante de que Biden manteria o projeto, considerado básico pelo Canadá para o desenvolvimento de seus imensos campos de petróleo.

O oleoduto, cuja construção foi rejeitada em 2015 pelo ex-presidente Barack Obama, mas aprovada em 2017 por Donald Trump, deveria transportar 830 mil barris de petróleo por dia dos campos do oeste do Canadá para refinarias americanas no Golfo do México.

Psaki não detalhou com quais outros líderes Biden entraria em contato após falar com Trudeau. “Suas primeiras ligações serão com parceiros e aliados”, limitou-se a dizer a porta-voz, que insinuou não haver pressa em falar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Entre as questões que Biden abordará em suas conversas com os aliados europeus estará o acordo nuclear com o Irã, que o novo chefe de governo prometeu trazer de volta aos EUA. Contudo, ele exige que antes Teerã retorne ao cumprimento do pacto de 2015.

“O Irã tem que retornar a restrições significativas em seu programa nuclear sob o acordo para que possamos prosseguir”, avisou Psaki, que não disse quando Biden conversará com o presidente Jair Bolsonaro.

Psaki enfatizou que a prioridade do novo governo é “recuperar o assento dos EUA na mesa global”, razão pela qual ele ordenou que o país fosse reintegrado ao acordo climático de Paris e à Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse sentido, nesta quinta, o epidemiologista Anthony Fauci participará de uma reunião da entidade como representante americano.

Politibola com informações da EFE
Por Ailton Cavalcanti