A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Indira Alfonzo, indicou que a aliança do Grande Pólo Patriótico (CPP), que apoia o presidente Nicolás Maduro, obteve 67,7% dos votos apurados em um primeiro boletim, enquanto os opositores que se dispuseram a participar ficaram com 18%.

Segundo o CNE, o comparecimento às urnas foi de 31% do eleitorado. Cerca de 5,2 milhões de eleitores votaram.

A Assembleia Nacional, hoje liderada por Juan Guaidó, é o único poder que não está sob comando de aliados de Maduro. No entanto, desde 2017 a Casa está praticamente sem poderes, já que o Supremo Tribunal a declarou em desacato e anulou todas as suas decisões (veja mais abaixo).

Além das 167 cadeiras já existentes, foram criadas mais 110 vagas pelo CNE, elevando a 277 o número de deputados que serão eleitos, com posse prevista para o dia 5 janeiro de 2021.

Os candidatos à Assembleia Nacional são eleitos por dois sistemas, voto nominal e voto por lista.

A escolha dos membros do CNE é um dos motivos que fizeram com que a oposição abandonasse a votação: os nomes deveriam passar pelo Congresso, o que não aconteceu. Foram escolhidas pessoas ligadas ao regime chavista.

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O regime de Maduro também vetou a presença de parte dos observadores internacionais independentes.

Alfonzo não especificou quantos dos 277 assentos correspondem a cada frente política.

Até o início da madrugada desta segunda-feira (7), 82,35% dos votos haviam sido apurados, segundo o CNE.

A Assembleia Nacional

A eleição anterior para a Assembleia Nacional aconteceu em 2015. Naquela ocasião, a oposição venceu com folga e passou a dominar o Legislativo do país.

Em 2017, as cortes de Justiça com pessoas favoráveis ao regime de Maduro criaram um outro poder legislativo, uma Assembleia Nacional Constituinte.

Guaidó, o líder da Assembleia Nacional, fez campanha pelo boicote às eleições do domingo. A oposição está fazendo uma consulta popular até o dia 12 de dezembro, na qual pergunta se as pessoas aceitam ou rejeitam a votação.

Reação brasileira

Em uma rede social, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, fez comentários sobre a votação.