As autoridades temem que ocorra uma terceira onda de contágios após as festas de fim de ano (Foto: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP )
As autoridades temem que nas próximas semanas ocorra uma terceira onda de contágios, logo após as festas de fim de ano. E mais ainda levando-se em conta que a circulação do vírus permanece alta, com “15.000 contágios detectados, em média, a cada dia, enquanto tínhamos baixado para 11.000”, admitiu Véran na entrevista.
“O objetivo dos 5.000 [casos diários] se distancia. E a pressão no sistema de saúde continua sendo importante, com 1.500 entradas diárias, uma tensão que diminui muito pouco nos serviços de terapia intensiva”, destacou o ministro, que se disse disposto a tomar “as medidas necessárias se a situação se agravar”.
Vários países já tomaram medidas para retomar o confinamento, mas a França “decidiu [adotar] medidas estritas e difíceis antes para deixar os franceses respirarem durante as festas”, declarou o ministro. E embora isto “tenha funcionado, é verdade que não [foi] o suficiente”, com mais de 40.000 casos de covid-19 registrados em 48 horas (na quinta e na sexta-feira).
Neste sábado, foram registrados apenas 3.093 casos, mas muitos laboratórios estavam fechados por causa do feriado do Natal. “Saberemos rapidamente se as reuniões familiares e festivas terão um impacto”, afirmou Véran, que aconselhou aos franceses se absterem de comemorar a chegada do Ano Novo. “Não podemos, por uma noite, nos arriscar a bloquear o país inteiro de novo durante semanas”, disse.
No domingo começa a campanha de vacinação na França. As primeiras vacinas serão aplicadas em residentes de dois lares para idosos em Sevran, perto de Paris, e em Dijon, no leste do país.