Erik S. Lesser/EFE – 05.11.2020
Suprema corte americana acolheu pedido da campanha de Trump, que pretende anular parte dos votos enviados pelo correio
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O presidente Trump acredita na justiça como alternativa possível para permanecer no poder. Ele afirmou, na noite de quinta, que o processo eleitoral foi fraudado e não apresentou provas, mas o Partido Republicano contesta e tenta parar a apuração em vários Estados. Joe Biden conquistou a vantagem na Pensilvânia e na Geórgia, dois estados relevantes para definir quem vai à Casa Branca.
De acordo com a decisão do juiz conservador Samuel Alito, a Pensilvânia deve separar todos os votos recebidos pelo correio após às 20h do dia e 3 de novembro (no encerramento das urnas). Eles podem ser contados, mas de forma separada.
Alito destacou que a secretária de Estado da Pensilvânia – a mais alta autoridade eleitoral – Kathy Boockvar (democrata), “não conseguiu verificar se todas as juntas eleitorais (dos condados) estão cumprindo a ordem do secretário” de separar os votos.
A ordem do Tribunal Superior atende a uma ação movida pelo Partido Republicano, que tem o objetivo de declará-los inválidos, um processo que corre em outra ação paralela.
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Como já defendeu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os conservadores da Pensilvânia consideram que os votos pelo correio recebidos após o dia das eleições devem ser considerados nulos, embora o carimbo do correio reflita que foram recebidos dentro do prazo.
O Supremo Tribunal da Pensilvânia havia prorrogado o prazo para recebimento das cédulas expedidas pelo correio até a tarde desta sexta-feira, devido aos atrasos sofridos pelos Correios em razão da grande demanda por esse tipo de voto devido ao coronavírus.
Mas os republicanos entraram com uma ação de anulação e por isso pediram ao Supremo Tribunal Federal que faça valer a separação dos votos até que o caso seja resolvido.
Politibola com Informações do R7/EFE