O Presidente do Irão garantiu hoje que, independente do vencedor das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o próximo Governo “irá render-se à nação iraniana”, enquanto o líder supremo iraniano troçou do “espetáculo” das eleições norte-americanas.
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O povo iraniano pode, segundo um discurso de Rohani publicado no portal da Internet da Presidência iraniana, “derrotar os seus inimigos e forçá–los a retomar o cumprimento da lei”.
“A nossa nação não cederá sob pressão”, disse Rohani, aludindo às duras sanções impostas pelos Estados Unidos desde a sua retirada unilateral em 2018 do acordo nuclear com o Irão.
O Presidente Rohani denunciou que o Irão “sempre esteve sob pressão”, mas que atualmente enfrenta “uma guerra económica”, especialmente quando Washington reforçou as suas sanções em plena pandemia de covid-19.
Apesar desta situação e das tentativas do “Governo terrorista” dos Estados Unidos de impedir o avanço do país persa, Rohani destacou os “grandes passos” dados pelo Irão.
Um deles é o projeto inaugurado hoje pelo Presidente iraniano para dessalinizar a água do Golfo Pérsico e transferi-la para as províncias desérticas centrais do país.
Também hoje, o líder supremo do Irão, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, troçou das eleições norte-americanas de terça-feira.
“Que espetáculo! Alguém diz que é a eleição mais fraudulenta da história dos Estados Unidos. E quem diz isso? O Presidente que está atualmente no cargo”, declarou Khamenei numa mensagem publicada na noite de quarta-feira na rede social Twitter.
“O seu rival (Joe Biden) diz que Trump pretende fraudar a eleição. Assim são as #Eleições norte-americanas e a democracia são nos Estados Unidos”, acrescentou Khamenei.
Embora Trump tenha imposto duras sanções contra o Irão, as autoridades iranianas insistem que são indiferentes ao resultado das eleições e negam qualquer interferência nas eleições, conforme foi denunciado pelos serviços de informação norte-americanos.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, garantiu há dois dias que a política iraniana não mudará depois das eleições porque não depende de quem está na Casa Branca.
“Não importa quem ganhe as eleições nos Estados Unidos, isso não afetará a nossa política em relação aos Estados Unidos (…). A nossa política é calculada e clara”, enfatizou o líder num discurso transmitido pela televisão.
Hoje de manhã, e numa altura em que ainda falta apurar quatro estados, as projeções apontam para uma vitória do democrata Joe Biden, que já soma 264 delegados, contra 214 de Donald Trump.
O vencedor das presidenciais norte-americanas de terça-feira (que é escolhido por voto indireto) tem de assegurar, no mínimo, 270 dos 538 “grandes eleitores” (uma maioria simples) que compõem o Colégio Eleitoral.
Politibola com informações do MundoaoMinuto